Brasília – A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse nesta quarta-feira (19/06), em Bruxelas, que o Mercosul é um entrave nas negociações de liberalização do comércio com a União Europeia. Na raiz do problema está o protecionismo incentivado por alguns países do bloco sul-americano.
“Utilizaremos todos os instrumentos legais e democráticos para mudar o acordo no Mercosul”, afirmou a senadora, ao destacar que o setor agropecuário tem uma bancada muito forte no Congresso. “O governo tem sido sensível às nossas demandas. Se cruzarmos os braços, nada vai mudar”, completou.
Na avaliação da presidente da CNA, para que as negociações com a União Europeia avancem, é preciso mudar a visão de alguns setores da indústria brasileira, que insistem em barrar a liberalização do comércio com o bloco europeu. A senadora admitiu, no entanto, que “há avanços nessas questões”.
Ela destacou que a realidade internacional mudou e que o Brasil não pode ficar de fora de negociações bilaterais, ou entre blocos, que estão sendo efetivadas em diferentes regiões do mundo. A senadora citou, como exemplos, as costuras para o acordo de livre-comércio entre Estados Unidos e União Europeia, anunciadas na semana passada.
Apex-Brasil
Na capital belga, a senadora Kátia Abreu participou do painel Brazil-EU Investment – cases and opportunities, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no Parlamento Europeu.
O evento contou com cerca de 60 participantes e foi mediado pelo deputado português Vital Moreira, presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu (INTA), responsável pela validação do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.
Também participou do painel no Parlamento Europeu o gerente de investimentos da Apex-Brasil, Alexandre Petry. Quem encerrou o debate foi o gerente-executivo do escritório do Brazilian Business Affairs em Bruxelas, Rui Faria da Cunha.
A delegação da CNA em Bruxelas é composta pelos presidentes das Federações da Agricultura do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; de Minas Gerais, Roberto Simões; da Paraíba, Mário Borba; de Goiás, José Mário Schereiner; de Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo; do secretário-executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara; e pelo presidente do Instituto CNA, Moises Gomes.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA