Cuiabá – A adesão de uma instituição financeira à Moratória da Soja, como a que ocorreu na quarta-feira (01) pelo Banco do Brasil, é um equívoco que levará à penalização de produtores que estão plantando dentro das exigências da legislação ambiental brasileira. A medida poderá afunilar mais ainda a oferta de crédito oficial para a agricultura, que já vem sendo reduzida a cada safra em alguns estados brasileiros.
“O Banco do Brasil é uma instituição financeira que opera com recursos públicos e como principal fonte de financiamento do agronegócio brasileiro precisa seguir a lei e não se juntar a um grupo que implantou regras à margem da legislação”, afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) e da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira.
Ele se refere ao fato de a legislação determinar a preservação de 35% do Cerrado e 80% da Floresta aos estados pertencentes à Amazônia Legal, obrigatoriedade essa que não existe em nenhum outro país, onde os agricultores podem produzir em 100% das suas áreas. O Grupo da Moratória da Soja decidiu que não comprará soja proveniente de área que foi aberta na Amazônia depois do dia 24 de julho de 2006.
A Aprosoja não defende a utilização ilegal de áreas para a produção agrícola e reforça a necessidade de o país lançar mão do uso responsável para ampliar a produção sustentável no país, que já é exemplo para o mundo. É fato que, mesmo antes da Moratória, estudo já apontava que existiam apenas 0,2% de soja plantada na Amazônia.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Aprosoja – Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso