São Paulo – As exportações brasileiras de café ao mercado árabe recuaram 5% de janeiro a março deste ano sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O Brasil vendeu 338,7 mil sacas de 60 quilos para a região no primeiro trimestre deste ano e 355,3 mil sacas nos mesmos meses de 2015.
Em receita, a comercialização recuou ainda mais no período, 17%. Os exportadores de café faturaram US$ 44,3 milhões de janeiro a março deste ano com envios aos países árabes e US$ 53,5 milhões no mesmo período do ano passado. A queda maior no faturamento do que na quantidade embarcada significa que foi vendido café por preços menores neste ano.
As exportações gerais de café do Brasil também caíram no primeiro trimestre. O País embarcou 8,7 milhões de sacas, volume que significou recuo de 2,5% sobre a quantidade vendida de janeiro a março de 2015. A receita das vendas no período diminuiu ainda mais, 25%, e ficou em US$ 1,2 bilhão. O preço médio da saca estava em US$ 191,59 no primeiro trimestre do ano passado e foi para US$ 147,27 nos três primeiros meses de 2016.
Em março individualmente as exportações de café também recuaram, 4,3% em volume e 33,9% em faturamento, com 2,9 milhões de sacas e US$ 437,4 milhões, respectivamente. A comparação é com março de 2015. Sobre fevereiro deste ano, houve aumento de 2,5% no volume enviado ao exterior.
Nos dados parciais do atual ano/safra, de julho do ano passado até março deste ano, é possível ver aumento de 0,6% nos embarques, com 27,9 milhões de sacas exportadas. No acumulado de 12 meses, o Brasil exportou 36,7 milhões de sacas.
Apesar da queda nas vendas de março e do trimestre na comparação com iguais períodos de 2015, o Cecafé fez um balanço positivo dos números. “O mercado trabalhava com a expectativa de que o Brasil teria uma redução de exportações neste período, o que não ocorreu devido aos bons níveis de estoque existentes. Assim, nosso desempenho ficou acima do esperado, muito próximo às 3 milhões de sacas”, afirmou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, sobre a comparação com fevereiro.
Fonte: ANBA