Brasília – Num momento em que o Brasil vê reduzir consideravelmente os superávits alcançados no comércio exterior com os principais blocos comerciais e grupos de nações, entre os meses de janeiro e agosto os países do Oriente Médio proporcionaram ao país o maior saldo alcançado com os seus parceiros de todo o mundo.
No período, as exportações brasileiras para os países árabes totalizaram US$ 7,626 bilhões (alta de 21,09%) e as importações alcançaram a cifra de US$ 3,376 bilhões (variação de 4,61%). Com isto, o fluxo de comércio do Brasil com o bloco de países árabes gerou um superávit de US$ 4,251 bilhões.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, mantida essa tendência, o Brasil deverá repetir este ano desempenho semelhante àquele registrado em 2018, quando o país acumulou um saldo de US$ 5,181 bilhões nas trocas comerciais com os países árabes.
No período, as exportações brasileiras para o Oriente Médio somaram US$ 9,769 bilhões (queda de 16,3% em comparação com o ano de 2017), enquanto as importações totalizaram US$ 5,181 bilhões (aumento de 30,77%).
Nos primeiros oito meses deste ano, foram registrados aumentos importantes nas vendas brasileiras para os países árabes em todas as categorias por valor agregado. Em relação aos produtos básicos, o aumento foi da ordem de 25,9% para US$ 5,5 bilhões, o que fez com que os bens primários respondessem por 72,1% das exportações globais do país.
Nesse contexto, os produtos semimanufaturados tiveram uma participação mais modesta (12,7%) nos embarques totais de produtos para os países árabes, com uma receita de US$ 966 milhões (alta de 16,7% comparativamente com o mesmo período de 2018). Finalmente, os produtos manufaturados seguiram ocupando posição pouco expressiva nas exportações para os países árabes, com um total de US$ 1,16 bilhão, correspondentes a 15,2% do total embarcado para esse conjunto de países.
Os países árabes figuram hoje entre os principais mercados para diversos produtos exportados pelo Brasil, em especial aqueles ligados ao agronegócio. Entre eles, a carne de frango, com exporatações no valor de US$ 1,53 bilhão (alta de 16,4% e participação de 20%). Dados igualmente relevantes foram registrados nas exportações de milho em grãos, no valor de US$ 949 milhões (aumento e 24,3% e participação de 12%), açúcar, com embarques no montante de US$ 705 milhões (alta de 7% e participação de 9,2% no conjunto das vendas totais para os países árabes) e carne bovina, que gerou uma receita de US$ 685 milhões (aumento de 24,8% e participação de 9,0%).