A utilização das novas tecnologias tem garantido ótimos resultados aos agricultores do oeste baiano. A região já supera as principais americanas na produção de soja. Enquanto os Estados Unidos produzem 48,5 sacas do grão por hectare, o oeste da Bahia tem alcançado 52 sacas por hectare.
Testemunha desse crescimento, o produtor Luiz Carlos Gatto, que cultiva soja na região há 29 anos, acredita que a grande virada se deve principalmente à adoção da biotecnologia nas lavouras. “O conjunto de tecnologias utilizado leva a esses números.” Quando trocou o Sul pelo oeste baiano, atraído por terras bastante baratas à época e topografia extremamente plana, Gatto confessa, que estava desconfiado, devido à baixa fertilidade e à arenosidade do solo. Mas o receio inicial deu lugar a evoluções.
“Temos registrado ganhos consideráveis desde a vinda de novas variedades com resistência a pragas aliada ao acesso a herbicidas”, explica o produtor. “Na parte de químicos, utilizo os produtos da Monsanto desde que o Roundup existe, já na parte de sementes, desde que a Monsoy entrou no mercado.”
Para Rafael Carmona, gerente da Monsoy – marca de sementes de soja da Monsanto –, um conjunto de fatores contribui para esse desempenho: “O oeste baiano tem condições peculiares de clima e solo. A altitude e a boa pluviosidade da região, associadas à ampla adaptabilidade de nosso material genético, atendem as demandas dos agricultores.”
Líder de mercado na região, a Monsoy dispõe de produtos especialmente adaptados às necessidades do oeste baiano. “O nível de investimento dos agricultores dessa região é exemplar, eles são muito abertos a novas tecnologias, o que é um fator decisivo”, diz Carmona, enfatizando outro ponto fundamental para os ótimos resultados.
Histórico e novas tecnologias
Segundo o líder de Pesquisas de Soja da Monsanto no Brasil, Claudiomir Abatti, o sucesso do oeste baiano acaba refletindo no direcionamento das pesquisas. Ele lembra que a história de cultivares da Monsoy no local iniciou com as variedades FT-Cristalina, FT-106, M8411, M8866, M9350. “Hoje, com as opções da tecnologia RR1 como M8527RR, M8849RR e M9144RR, continuamos ofertando produtos confiáveis aos clientes”, afirma o especialista.
Os agricultores contam com os produtos da Monsoy há dez anos, desde o lançamento da marca de soja da Monsanto. Segundo Abatti, o aumento da produtividade somado à qualidade e ao barateamento da produção foram as principais vantagens notadas pelos produtores. “Hoje temos áreas superando 80 sacas por hectare, índice que até poucos anos parecia impossível, mas temos alguns problemas ainda, como ferrugem asiática, mofo branco e lagarta-da-maçã atacando. Porém, a tecnologia com certeza vai continuar evoluindo; e os resultados continuarão acontecendo”, atesta o produtor Luiz Carlos Gatto.
Abatti explica que há um trabalho contínuo voltado a essas doenças e pragas. “Temos informações sobre as cultivares para o mofo branco e estamos promovendo novos cruzamentos com foco na seleção de cultivares com tolerância e/ ou resistência. Já para ferrugem, temos algumas linhagens com resistência identificadas, e o trabalho no momento é ampliar os cruzamentos para garantir o lançamento de cultivares resistentes em poucos anos”, adiantou.
Monsanto investiu na construção de uma unidade de pesquisa em Luís Eduardo Magalhães (BA) com o objetivo é ofertar mais variedades de soja adaptadas. “Temos hoje pesquisadores presentes no dia a dia da região, testando e gerando uma recomendação adequada às tecnologias disponíveis da Monsanto”, explica Abatti.
O líder de pesquisa reitera que os resultados são fruto do trabalho contínuo de melhoramento, focado em investimento em pessoas e equipamentos. “As pesquisas têm aumentado ano a ano, assim geramos uma base científica com oportunidades novas nos negócios da empresa. Além disso, estamos sempre próximos das fazendas para fornecer respostas que ajudem os produtores”, finaliza o especialista em soja.
Fonte: Portal do Agronegócio