Números de julho apontam tendência de superávit na balança em 2014. Deficit com EUA persiste

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São Paulo – Com a divulgação dos dados da balança comercial de julho, o país apresenta até agora, um déficit de US$ 916 milhões no ano; valor bem menor do que o déficit de quase US$ 5 bilhões apresentado no mesmo período do ano passado. Apesar do peso negativo dos primeiros sete meses, no período seguintede 2013, o Brasil apresentou melhora nos saldos comerciais mensais e fechou o ano com superávit de US$ 2,4 bilhões.

A expectativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é de que esse cenário se repita em 2014. Segundo o ministro Mauro Borges, o país deve fechar o ano com saldo maior do que o apresentado em 2013. O resultado positivo de julho já é o quinto consecutivo no ano e aumenta mais as esperanças de um bom saldo ao fim de 2014.

As exportações de produtos básicos estão sendo o ponto forte do Brasil nos primeiros sete meses deste ano. Esse grupo corresponde a 50,76% de tudo que foi exportado entre janeiro e julho de 2014, com destaque para as commodities e outros bens agropecuários. No mesmo período de 2009, esses bens representavam cerca de 42,5% das exportações, e em 2005 apenas 29%.

Com relação às importações, apesar do óleo bruto de petróleo ser, isoladamente, o principal produto da pauta, são os manufaturados os produtos mais importados no país, correspondentes a 83,22% de todo o montante importado até junho, com destaque para o óleo diesel, automóveis e peças, e produtos farmacêuticos.

China e Estados Unidos continuam sendo os principais parceiros comerciais brasileiros. O primeiro já transacionou com o Brasil o equivalente a US$ 49,6 bilhões nesse ano, e os norte-americanos US$ 36,5 bilhões.

Estados Unidos

Na parceria comercial com os Estados Unidos, o Brasil tem atualmente um saldo deficitário de US$ 5,3 bilhões. Tudo indica que 2014 será o sexto ano consecutivo de saldo negativo em trocas com os norte-americanos.

Em 2008, o saldo comercial entre os países fechou em US$ 1,8 bilhão para o lado brasileiro – último superávit anual registrado. Desde então, o Brasil não conseguiu mais alcançar o mesmo patamar de US$ 27 bilhões em exportações e as importações originárias dos Estados Unidos vêm aumentando gradativamente, de US$ 25 bilhões naquele ano, para US$ 36 bilhões em 2013 – em 2014 já são US$ 20,9 bilhões contra 15,6 bilhões exportados.

Os principais produtos importados dos norte-americanos são os manufaturados, que correspondem a mais de 90% de toda a pauta, sendo o principal produto o óleo diesel, que sozinho representa cerca de 10% das importações dos EUA.

Fonte: Amcham

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