Da Redação
Brasília – Após registrar um aumento de 5,7% em 2015 comparativamente com 2014, passando de 19.234 para 20.322, o número de empresas exportadoras brasileiras deverá voltar a crescer e a expectativa do ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) é de que 2 mil novos exportadores passem a realizar operações no exterior. Caso a previsão do ministro se confirma, passará para cerca de 22.300 o número das companhias exportadoras brasileiras.
Nos´últimos anos, o número das empresas atuando na ponta exportadora atingiu o recorde em 2007, com um total de 20.889 exportadoras. Nos anos seguintes esse número não parou de cair: 20.408 (2008), 19.823 (2009), 19.278 (2010), 19.194 (2011), 18.630 (2012) e 18.809 (2013). A tendência de baixa foi revertida a partir de 2014, quando 19.234 empresas registraram operações de exportação e o ano de 2015 confirmou a tendência de aquecimento do setor e fechou com um total de 20.322 empresas atuando como exportadoras.
De acordo com o ministro Armando Monteiro, enquanto as reformas não ocorrem, o setor privado deve aproveitar a janela de oportunidades que o real desvalorizado oferece para exportar. O ministro acredita que o câmbio na faixa de R$ 4 por dólar compensa as desvantagens competitivas com logística e tributação e repõe, mesmo que temporariamente, a competitividade que o Brasil perdeu nos mercados internacionais nos últimos anos.
Mas se o número das exportadoras somente começou a crescer nos últimos dois anos, o mesmo não acontece com as empresas que atuam no setor das importações. A partir de 2006 esse número não parou de aumentar. Naquele ano, 24.572 companhias registraram operações de importação. Esse número subiu para 42.464 em 2013 e atingiu o recorde de 44.374 empresas em 2014.
Entretanto, em 2015, o câmbio favorável que contribuiu para o aumento das exportadoras teve eveito inverso sobre o universo das companhias importadoras. Com o dólar valorizado e a forte recessão que atinge a economia brasileira, as importações despencaram e isso se refletiu no número de empresas atuando no segmento. Ano passado, quase 2 mil empresas deixaram de atuar no mercado e o número das importadoras caiu para 42.377.
O agravamento da crise e a manutenção do dólar no patamar atual –ou provavelmente ainda mais valorizado- deverão fazer com que também neste ano haja uma redução significativa no total das empresas brasileiras realizando operações de importação.
