Brasília – O evento de abertura do I Salão de Negócios de Madeira e Móveis do Centro-Oeste ou I Mademóvel deixou claro o objetivo dos empresários do setor moveleiro da região. Eles querem conquistar o próspero mercado do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A I Mademóvel é uma realização do Sebrae e da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel) e prossegue até amanhã (11), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na capital federal.
Cem expositores do setor moveleiro, máquinas e equipamentos, insumos, representantes comerciais, parceiros, arquitetos, decoradores, entre outros, ocupam os estandes do salão. São aguardados 1,2 mil empresários no evento. A Confederação Nacional da Indústria, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal apoiam a realização do salão. Nos dois dias, haverá rodadas de negócios pela manhã. Encontros e seminários também integram a programação da I Mademóvel.
“Esta é uma ação estruturante do setor moveleiro no Centro-Oeste”, destacou Paulo Okamotto, presidente do Sebrae, em seu discurso na abertura do evento. Okamotto elogiou a iniciativa dos dirigentes das unidades do Sebrae nos estados do Centro-Oeste de apoiar a realização do evento moveleiro na capital federal, onde há um alto poder aquisitivo. O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, também compareceu à cerimônia.
“As indústrias precisam se informar sobre o programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Essas casas precisam ser equipadas. Se o setor moveleiro deseja continuar crescendo, tem que investir em conhecimento e tecnologia. Não há outra saída”, sugeriu Okamotto.
Também participaram da abertura da I Mademóvel, representantes do Banco do Brasil, Caixa, Governo do Distrito Federal e dirigentes do Sebrae em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Início da conquista
“É muito bom ver a união do Sebrae no Centro-Oeste em prol do setor moveleiro”, afirmou José Luiz Dias Fernandez, presidente da Abimovel. Segundo ele, a I Mademovel pode ser o início da conquista do mercado do Brasil central pelo setor moveleiro. O evento poderá ser itinerante na região, a cada dois anos.
“Não há nenhuma grande fábrica de móveis no Distrito Federal. Noventa e cinco por cento dos móveis consumidos aqui vêm de outras regiões do país”, ressaltou Fernandez. “O bom momento do setor imobiliário no Centro-Oeste é uma grande oportunidade para os empresários moveleiros”, destacou Fernandez.
O faturamento do setor no Brasil foi de R$ 9 bilhões em 2009, menor do que em 2008, em decorrência da crise financeira internacional. A indústria de móveis gera cerca de 18 mil empregos diretos no país e 75% do segmento é composto por micro e pequenas empresas. “Somos um setor altamente empregador”, enfatizou Fernandez.
A previsão de crescimento, em 2010, é de 10% no mercado interno e entre 3 a 5% nas exportações. “Este ano é de recuperação. Estamos investindo pesadamente em modernização e em design”. O Salão da Abimovel, a ser realizado na capital paulista pela segunda vez, no segundo semestre, é um excelente projeto capitaneador de mercado, junto ao programa Brazil Furniture, realizado em parceria com a Apex do Brasil, conforme frisou Fernandez.
Nos últimos dois anos, os moveleiros conquistaram boa interlocução junto ao governo federal e têm participado de reuniões no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, segundo informou o presidente da Abimovel. “Conseguimos isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no ano passado por 14 meses”, destacou. “O governo federal entendeu a situação difícil do setor. Conseguimos a equalização do IPI nas chapas de madeira, nosso principal material, e também para os móveis de metal”, acrescentou. A entidade foi convidada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a participar do grupo Avanço da Competitividade, do qual fazem parte setores produtivos selecionados.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias