Cuiabá – Os integrantes da missão enviada pela Aprosoja/MT à China visitaram na última quinta-feira (1) a cidade de Xian, capital da província de Shiaaxi, na região noroeste da China. A cidade, que é considerada uma potência industrial, educacional e cultural, já foi capital da China durante três importantes dinastias, antes e depois de Cristo. Tem uma população de oito milhões de habitantes, é uma das 13 megalópoles chinesas e é onde se encontra a muralha de Xian e os guerreiros de terracota, réplicas do exercito do imperador Qin.
O grupo também visitou a cidade Xibei, que é uma cidade satélite de Xian que se desenvolveu com a criação da universidade agrícola, a Universidade A&F Noroeste. Fundada em 1934, em meio a uma guerra civil quando pessoas morriam de fome, a universidade nasceu com o papel de reverter esse quadro. Com a sua criação muitos professores chineses que se formaram no exterior voltaram para lecionar na instituição, inclusive em inglês, o que a tornou muito famosa e respeitada. Na década de 50, um pesquisador desenvolveu uma variedade de trigo com alto teor nutritivo e que foi uma ferramenta importante no combate a desnutrição.
Atualmente, a faculdade conta com a grade de 16 cursos, pois o governo começou a investir e houve a fusão de várias faculdades que confluíram para a Universidade A&F. Entre os cursos estão Veterinária, Biologia, Engenharia, Ciências Sociais, Enologia, Engenharia Florestal, que funcionam como uma grande rede de pesquisa e extensão rural.
O diretor executivo da Aprosoja Brasil que acompanha a comitiva, Fabrício Rosa, explicou que existe uma espécie de ENEM chinês no qual o estudante atinge uma nota que o habilita a determinadas universidades, que são ranqueadas com base nas notas. A A&F está no primeiro nível no ranking, ou seja, entre as melhores e mais disputadas. Os melhores estudantes mandam uma carta com sua nota do teste e a A&F decide quais ingressarão nos cursos da universidade.
A China tem dois projetos de incentivo a educação, o 2011 e o 985. O governo decidiu que as universidades chinesas em breve deverão estar entre as melhores do mundo. Assim, o governo paga a metade dos estudos dos alunos e a outra metade ele pode pagar ou se pode tentar uma bolsa para custear o curso. Entretanto, se ele não tiver recurso, o estado financia os estudos e ele devolve no futuro.
Fábrica de Ração de Xibei
A comitiva também visitou a fábrica de ração animal estatal, HUANQIN NONGMU. A mesma foi premiada várias vezes pela característica empreendedora de seus diretores. Com capacidade de processamento de 300 mil toneladas de ração por ano, atualmente produz 150 mil. Entre 2007 a 2011 a empresa dobrou sua produção e pretende dobrar novamente até 2018, atingindo o máximo de sua capacidade de processamento instalada.
O representante da Huanqin, Kang Kaipin, disse que atualmente a empresa produz 46% de seus produtos para ração de galinhas poedeiras e 40% para ração de suínos, sendo o restante para outros usos, inclusive para piscicultura. Na linha de produção, 60% seguem para ser vendidos como concentrado para mistura posterior e 40% já sai como ração pronta.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Aprosoja