Brasília – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), organiza a participação brasileira na 18ª edição da feira Food and Hotel China 2014 (FHC), que teve início nesta quarta-feira (12) e se encerra sexta-feira (14), em Xangai, na China.
No total, 23 expositores brasileiros estão participando da feira. Entre os principais produtos expostos estão: carnes (bovina, suína e de frango), café, leite, açúcar, açaí, gelatina, molhos, sucos, geleias e polpas de frutas, castanhas, mel e produtos apícolas, massas e produtos de panificação.
Segundo a diretora do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio (DPI/SRI), Telma Gondo, a China é um grande mercado para o agronegócio. “Em um ambiente que conjuga uma população de aproximadamente 1,4 bilhão de pessoas, crescentes níveis de urbanização e renda, existem imensas oportunidades de negócios que se apresentam às empresas brasileiras”, disse. No ano passado, os expositores no Pavilhão do Brasil estimaram em US$ 46 milhões o total de vendas geradas pela participação na feira.
Voltada para o setor de alimentos e bebidas, a feira é uma importante porta de entrada para o mercado chinês, além de ser um importante acesso a compradores de outros países do continente asiático. Nesta edição, o Pavilhão do Brasil possui 25 estandes individualizados em uma área de 264m².
Atividades comerciais
As atividades comerciais na China envolvendo as empresas brasileiras e associações do agronegócio tiveram início no último dia 10. Organizadas pelo Mapa, MRE e Agência de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex), as atividades envolveram seminários com especialistas no mercado chinês, além de visitas técnicas a redes varejistas e à Zona Piloto de Livre Comércio de Xangai. No dia 11, aconteceu uma rodada de negócios com empresas importadoras chinesas.
Este ano, o Ministro Neri Geller acompanhou as atividades e participou do almoço com empresários brasileiros e chineses, oferecido pela Apex-Brasil, por ocasião da rodada de negócios, além de discursar na abertura da FHC 2014, hoje. O ministro foi à China com oito técnicos com a missão de negociar importantes protocolos de abertura de mercado para produtos do agronegócio brasileiro.
Mercado chinês
Segundo estudo canadense “Consumer and Retais Trends in China”, lançado em março de 2014, coordenado pela Divisão de Análises Global, o valor do mercado varejista de produtos alimentícios chinês atingiu US$ 1,082 trilhão em 2012, o maior do mundo. Essa posição proeminente tende a se manter em alta atingindo a cifra de US$ 1,582 trilhão até 2016. Este crescimento significa que o mercado varejista chinês será 42% maior que o americano muito em breve.
Atualmente, a China é o 3º maior importador mundial de alimentos e o 2º maior mercado para as exportações de produtos do agronegócio brasileiro. De janeiro a outubro desse ano, o Brasil exportou US$ 21,09 bilhões em produtos do agronegócio para a China. Em 2013, o Brasil exportou US$ 17,15 bilhões
de soja em grãos para a China. Em 2014 já foram exportados US$ 16,55 bilhões do produto. No setor de carnes, o Brasil exportou ao país US$ 433 milhões, sendo US$ 431 milhões de carne de frango, US$ 368 mil de carne bovina e US$ 1,76 milhão de carne suína.
“Sem dúvida queremos continuar exportando soja para China, mas é preciso aumentar as exportações com valor agregado do agronegócio brasileiro e é nesse sentido que o nosso Departamento tem trabalhado com ações como participações em feiras internacionais e rodadas de negócios”, afirmou Telma Gondo.
Fonte: Mapa