Da Redação
Brasília – A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa) disse estar “super otimista” com as negociações visando a assinatura de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia e afirmou categórica que “não apodemos nos dar ao luxo de ficar sem esse acordo” De acordo com a ministra, o Mapa está “fazendo a sua parte” para viabilizar a parceria, considerada estratégica para o agronegócio brasileiro.
A afirmação foi feita pela ministra hoje (27) na entrevista coletiva realizada para uma prestação de contas à sociedade sobre ações desenvolvidas pelo Mapa no período de janeiro a junho e também para apresentar as expectativas do Ministério para este segundo semestre.
Os temas foram apresentados pela ministra Kátia Abreu, pela secretária executiva do Mapa, Maria Emília Jaber; pela secretária da Relações Internacionais, Tatiana Palermo, e pelos secretários de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho; de Política Agrícola; André Nassar; e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha. Entre os temas que serão abordados pela ministra e secretários, estão a defesa agropecuária, a ampliação de mercados para os produtos do agronegócio brasileiro e a restruturação do Ministério da Agricultura.
Segundo a ministra Kátia Abreu,O Mapa apresentará sua oferta ao bloco europeu “o mais rapidamente possível”. “Estou muitíssimo otimista. Não podemos nos dar ao luxo de ficar sem esse acordo”, acrescentando que o governo brasileiro pretende fechar um acordo sanitário e fitossanitário com o bloco europeu. “Como consequência das duas visitas que eu fiz a Bruxelas, a União Europeia nos informou há poucos dias que um grupo está sendo criado para estabelecermos o acordo sanitário e fitossanitário. Esse acordo representa um grande avanço e caminha para a facilitação do comércio, que é o pre-listing”, observou a ministra.
Um acordo de livre comércio entre os dois blocos representaria aumento de 20% das exportações brasileiras, o que equivale a montante de US$ 9,9 bilhões, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas. O setor que mais se beneficiaria com a medida é o de carnes, que poderia incrementar suas vendas em 15%.
Kátia Abreu ponderou que as negociações bilaterais geram bons resultados, mas são limitadas, por isso a necessidade de amplas negociações de preferências tarifárias e de acordos sanitários e fitossanitários.
“Estamos lutando muito por esses acordos porque o Mapa e os empresários, sozinhos, chegam a um limite de exportações. Amplos acordos fluem mais”, observou.