Brasília – “Vamos bater na porta dos Estados Unidos e de outros países para falarmos da qualidade da nossa carne”, disse nesta quarta-feira (17), a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ao comentar as negociações comerciais para a abertura de mercados novos nos Estados Unidos, no Japão e na Arábia Saudita.
Em visita oficial com a presidente Dilma Rousseff aos EUA, a ministra pretende debater com o presidente Barack Obama os principais pontos para preparar o fim do embargo à carne bovina brasileira: “O Brasil está com todas as documentações necessárias para a abertura de mercado com os EUA e as autoridades daquele país estão aguardando a visita da presidente Dilma Rousseff para acertar detalhes de visitas a 14 estados com potencial para exportar.”
Depois desse compromisso, a ministra vai ao Japão e, entre os dias 2 a 6 de julho, espera suspender o embargo total à carne bovina. “Esperamos abrir o mercado de carne processada e desembargar a carne ‘in natura’. Durante a visita, iremos analisar os investimentos de empresas japonesas no Matopiba [região formada por partes do Maranhão, Tocantins, do Piauí e da Bahia] e também vamos liberar o comércio de melão e manga brasileiros, além da carne kobe”, destacou a ministra.
Arábia Saudita
A Arábia Saudita também está entre os países que o Brasil está concluindo as negociações. Os auditores de defesa sanitária daquele país visitaram, na semana passada, estabelecimentos brasileiros de produção de carne bovina e de aves. Eles devem apresentar um relatório em até 45 dias para o Ministério da Agricultura e os técnicos terão outros 35 dias para responder ao documento, caso tenha alguma solicitação.
Ainda sobre a exportação de carne brasileira, a ministra afirmou que a China, que suspendeu o embargo ao produto no começo do ano, vai visitar novos estabelecimentos produtores. “Os auditores chineses chegam na próxima segunda-feira para visitar estabelecimentos e analisar, por amostragem, a possibilidade de habilitar mais nove fábricas”. Cada um dos estabelecimentos representam um lucro de US$ 18 a 20 milhões.
Fonte: Mapa