MDIC quer ampliar comércio com a Aliança do Pacífico que somou US$ 25,6 bilhões em 2014

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Da Redação

Brasília –  Considerada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, um dos alvos prioritários das ações a serem implementadas pelo governo brasileiro em 2015 na area de comércio exterior,  a Aliança do Pacífico consolidou-se em 2014 como um dos mais importantes parceiros comerciais do Brasil e as trocas bilaterais atingiram a cifra de US$ 25,673 bilhões, com exportações brasileiras no montante de US$ 12,856 bilhões e vendas do bloco no total de US$ 12,816 bilhões. No período, o intercâmbio proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 40 milhões.

As relações comerciais do Brasil com o bloco integrado pelo Chile, Colômbia, México e Peru têm sido marcadas, nos últimos anos, pelo equilíbrio e também pelo fato de que a Aliança do Pacífico é o bloco comercial que mais importa produtos industrializados brasileiros, automóveis principalmente, apesar de a pauta exportadora ser liderada pelo petróleo.

Mas em 2014 as exportações brasileiras para esses quatro países tiveram uma queda de 4,20%, ao mesmo tempo em que as vendas do bloco ao Brasil  registraram uma retração de 4,02%.

Com o objetivo de aumentar as exportações para a Aliança do Pacífico, o MDIC e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) pretendem levar missões empresariais brasileiras a esses quatro países. A primeira dessas missões já está confirmada para o mês de agosto e terá como destino a Colômbia e o Peru. Ainda este ano devem ser organizadas missões ao Chile e ao México.

Paralelamente, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) vem intensificando as negociações com autoridades governamentais e representantes das indústrias automobilísticas da Colômbia, Peru e México visando a negociação de acordos comerciais que possibilitem aumentar as exportações de veículos para esses países.

Exportações

Em 2014, o petróleo foi responsável por 16,86% das exportações brasileiras para os países da Aliança do Pacífico, gerando receita no valor de US$ 2,167 milhões (um aumento de 80,61% em relação às exportações de US$ 1,200 bilhão em 2013). A seguir vieram as exportações realizadas pela indústria automobilística, envolvendo automóveis, chassis, motores, carroçarias, pneus, tratores rodoviários.

As exportações de automóveis com motor de 1.500 cilindradas renderam US$ 358 milhões e as vendas de chassis com motor para veículos automóveis geraram uma receita de US$ 345 milhões. Por outro lado, as exportações de outros motores de explosão para veículos somaram US$ 203 milhões enquanto as vendas de carroçarias totalizaram US$ 193 milhões.

O agronegócio também realizou vendas importantes para os países da Aliança do Pacífico e o grande destaque foram as exportações de carne bovina desossada, fresca ou refrigerada, no total de US$ 258 milhões. Outro item importante foi o café não torrado, não descafeinado, em grão, com exportações no valor de US$ 133 milhões. Da pauta também constaram pedaços e miudezas de galos/galinhas, no montante de US$ 83 milhões.

Segundo dados do MDIC, ano passado, as exportações de produtos industrializados para a Aliança do Pacífico atingiram a cifra de US$ 9,870 bilhões, enquanto as vendas de produtos básicos somaram US$ 2,938 bilhões.

 

Importações

Chile, Colômbia, Peru e México são também importante fornecedores ao Brasil de uma vasta gama de produtos e a pauta é bastante diversificada, reunindo de automóveis a frutas, passando por vinhos, peixes e também matérias-primas como o cobre, petróleo e diversos outros.

Graças às exportações mexicanas de veículos, os automóveis foram o principal item exportado pelos quatro países ao Brasil em 2014, com receita de US$ 1,467 bilhão. A seguir vieram as exportações chilenas de catodos de cobre refinado e seus elementos, em forma bruta, no montante de US$ 1,335 bilhão. Os sulfetos de minério de cobre foram outro item importante vendido ao Brasil, com exportações no valor de US$ 933 milhões. Por sua vez, o salmão-do-Atlântico e salmão-do-Danúbio foram responsáveis por exportações no total de US$ 429 milhões e as naftas para petroquímica proporcionaram receita no montante de US$ 403 milhões.

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