Marrocos pode importar máquinas e tecnologia brasileiras para projetos do agronegócio

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São Paulo – O mercado marroquino tem interesse nas máquinas agrícolas brasileiras para colocar implementar os planos de aumentar a produção da agricultura. A demanda pela tecnologia foi apresentada durante participação do Brasil no Salão Internacional da Agricultura do Marrocos (Siam), que começou na terça-feira (28) e segue até o próximo domingo (3). Várias pessoas que passaram pelo estande nacional na feira manifestaram o interesse.

A presença brasileira é organizada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). “O setor agrícola tem incentivo grande do governo, existe um projeto para promover a agricultura no país”, relata a executiva de Negócios Internacionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar, que representa a entidade na mostra juntamente com o analista de Negócios, Sidi Ahmid.

A Câmara Árabe levou para a feira marroquina materiais promocionais dos seus associados do segmento, como as empresas Marchesan, Ferraz e ADM, de maquinário, além da Florestal, de alimentos. Eles são distribuídos para importadores que procuram o estande brasileiro. Também há um profissional da Abiec no estande.

Além de tecnologia, a feira está apresentando demanda por alimentos. Um dos objetivos da participação nacional é a abertura do mercado de carne bovina do Marrocos e em função disto a Abiec participa da mostra. O país árabe mudou neste mês o conteúdo da certificação que exige para importar carne bovina brasileira. Até então havia a exigência de que as exportações viessem de frigoríficos inspecionados e listados pelo Marrocos, item que caiu, abrindo o mercado para as empresas em geral. O país, porém, ainda tem imposto de importação de 200% para o produto.

Os profissionais da Câmara Árabe e a Abiec estiveram reunidos com o embaixador do Brasil em Rabat, Frederico S. Duque Estrada Meyer, que manifestou acreditar que o mercado de carne bovina marroquino é promissor. A participação na Siam é uma das ações feitas para começar a trabalhar o segmento, manter contato com distribuidores e tentar resolver a taxação alta. “A Câmara Árabe tem percebido já há algum tempo o interesse do mercado marroquino na carne bovina brasileira”, disse Baltazar.

A Siam também está apresentando outras demandas e oportunidades. De acordo com a executiva da Câmara Árabe, o estande foi procurado, por exemplo, por produtores de óleo de argan interessados no mercado de cosméticos do Brasil.

O Marrocos é o terceiro maior mercado do Brasil em países do Norte da África, atrás apenas do Egito e da Argélia. No ano passado, o País faturou US$ 568,3 milhões com exportações aos marroquinos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Câmara Árabe. Os principais produtos comercializados foram açúcar, cereais e máquinas agrícolas. O país árabe tem na sua agricultura o cultivo e produção de oliveiras, cevada, trigo, frutas cítricas, uvas, legumes, azeitonas e vinho, entre outros.

Fonte: ANBA

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