Liderados pelo Egito, países árabes aumentam em 15% as importações de carne bovina brasileira

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São Paulo – As exportações brasileiras de carne bovina aos países árabes renderam US$ 85 milhões em julho, um aumento de 15,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compiladas pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

Com importações de US$ 59,7 milhões, o Egito foi o país árabe que mais importou carne bovina do Brasil no mês passado, liderança que se mantém há bastante tempo. O valor é 56,2% superior ao registrado em julho de 2014.

De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (12) pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Egito ficou em segundo lugar entre os maiores mercados do produto brasileiro no mundo em julho, atrás apenas da Venezuela. No mesmo mês do ano passado, a nação árabe estava na quinta colocação.

Na 10ª posição entre maiores destinos e na segunda entre os países árabes estão os Emirados Árabes Unidos. As exportações para lá somaram quase US$ 8 milhões no mês passado, um crescimento de 32,3% sobre julho de 2014.

No total, o Brasil exportou o equivalente a US$ 505,8 milhões em carne bovina em julho, segundo a Abiec, um recuo de 27% em relação ao mesmo mês do ano passado.

A associação ressaltou, porém, que as exportações avançaram 3% sobre junho de 2015 e destacou o resultado das vendas para China, que abriu o mercado para o produto brasileiro em meados de junho e em julho já figurou na quarta posição entre os principais destinos, com US$ 57,3 milhões em importações.

Acumulado

No acumulado de janeiro a julho, as exportações de carne bovina aos países árabes totalizaram US$ 601,6 milhões, um aumento de quase 10%, de acordo com os dados da Secex compilados pela Câmara Árabe.

O Egito liderou as compras do bloco com importações de US$ 368,3 milhões, um avanço de quase 30% na mesma comparação. A Argélia aparece em segundo lugar, com US$ 61 milhões, um crescimento de 1,77%; e os Emirados Árabes Unidos, na terceira colocação, com US$ 55 milhões, um acréscimo de 4,77%.

Entre os maiores mercados do mundo, segundo a Abiec, o Egito ficou em quarto lugar de janeiro a julho, atrás de Hong Kong, União Europeia e Rússia; e a Argélia, na 10ª posição.

No total, as exportações de carne bovina somaram US$ 3,2 bilhões nos sete primeiros meses de 2015, uma queda de 19% em comparação com o mesmo período do ano passado. A associação, porém, espera melhores resultados nos próximos meses.

“A China já se apresenta como um grande mercado, o que nos permite manter essa perspectiva. Somado a este cenário, com o fim do Ramadã, a expectativa aumenta para a abertura do mercado da Arábia Saudita. Com isso, vamos manter nossos esforços para chegarmos aos mesmos patamares de exportações registradas em 2014”, disse em comunicado o presidente da entidade, Antonio Jorge Camardelli.

O Ramadã é o mês do calendário islâmico em que os muçulmanos jejuam do nascer ao por do sol, e neste ano o período foi de 18 de junho a 17 de julho. A Arábia Saudita embargou as importações de carne bovina do Brasil em dezembro de 2012. As negociações para retomada dos embarques estão avançadas, mas normalmente há redução no ritmo de trabalho de governos e empresas no mundo árabe durante o Ramadã, em função do jejum.

Fonte: ANBA

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