Campinas – Os dados finais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) relativos a 2012 mostram que – pelo menos nos abatedouros operantes sob inspeção federal, estadual ou municipal – foram mínimos os efeitos da alta de custos sobre a produção brasileira de carne de frango, pois o número de cabeças abatidas apresentou redução inferior a 1%, enquanto o volume de carne produzida registrou índice de evolução oposto, com aumento próximo de 1%.
De toda forma, o simples fato de o número de cabeças abatidas ter recuado (comparativamente a idêntico período anterior) em sete meses do ano mostra que o exercício foi extremamente difícil para o setor, pois, habitualmente, a expansão de um ano para outro tem sido contínua.
No entanto, o número acumulado de cabeças abatidas foi positivo nos onze primeiros meses do ano. Ou seja: a redução só se concretizou em dezembro de 2012, ocasião em que foi registrada fortíssima redução da atividade e os abates sofreram redução de praticamente 12% em relação ao mesmo mês de 2011.
Essa redução no ritmo de abates se refletiu também no volume de carne produzida, que em dezembro recuou 12,63% (ou seja, acima do recuo no número de cabeças, que caiu 11,95%), denotando menor peso médio do frango abatido no mês. Mas seus efeitos ficaram restritos ao segundo semestre (redução de 0,92%), sendo neutralizados pela expansão de 2,91% no semestre inicial do ano. Daí o volume 0,97% superior ao de 2011.
A ressaltar que, juntamente com os dados divulgados, o IBGE menciona que os números incluem, além dos frangos (“aves jovens, machos ou fêmeas, geralmente com até 60 dias de idade”), também os “frangões” resultantes de melhoramento genético e, ainda, aves adultas (“poedeiras descartadas, galos”).
Como isso inclui também as matrizes de corte, descartadas em grande número no decorrer de 2012, é até provável que o aumento na produção de carne ocorrido no período tenha sido influenciado por essas aves, cujo peso ao abate é significativamente maior que o do frango.
Fonte: Avisite