Brasília -As exportações de amendoim registraram alta de 61,7% em valor em 2017, alcançando faturamento da ordem de US$ 195 milhões. A valorização do produto no mercado internacional é reflexo dos investimentos realizados pelas indústrias do setor na promoção do produto e, principalmente, pelo aumento de percepção da qualidade.
“Os fabricantes que estão ganhando destaque internacional trabalham exclusivamente com amendoins de alto teor oleico, que trazem mais benefícios para a saúde, e que se encaixam nos critérios de shelf life considerados adequados pelo mercado externo”, comenta Ubiracy Fonseca, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).
Os resultados positivos também são creditados à participação da Abicab e dos associados em eventos internacionais que estimulam a promoção do setor. Exemplo disso, foi a participação de quatro empresas associadas à Abicab, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e por meio do Projeto Brasil Sweets and Snacks, no IPF – International Peanut Forum, o maior evento dedicado ao amendoim no mundo, realizado entre 11 e 13 de abril, em Atenas, na Grécia.
As empresas participantes – Coplana, Jazam, Brumau/Ostinato e Sementes Esperança – fecharam US$ 1,2 milhão em negócios e estabeleceram 72 novos contatos comerciais, além de aproveitarem a oportunidade para divulgar informações sobre a qualidade do produto brasileiro ao setor incluindo exportadores, plantadores, fornecedores de equipamentos, brokers e profissionais de nutrição.
Indústria habilitada para o mercado internacional
A produção do amendoim no Brasil obteve alta de 10% em sua última safra, um desempenho histórico segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento, que prevê um ciclo de 512,9 mil toneladas de amendoim. Se mantido o crescimento consistente nos últimos anos, o Brasil tem potencial para figurar entre os maiores produtores de amendoim do mundo. Atualmente, o país ocupa a 14º posição do ranking e é o quinto maior exportador.
“A qualidade do amendoim brasileiro é elevada e a indústria tem investido em equipamentos de ponta e na obtenção de certificações como BRC e Sedex, exigidas pelos mais rigorosos mercados internacionais, como o europeu, por exemplo, que é o principal alvo dos fabricantes brasileiros”, afirma Ubiracy Fonseca. Em 2017, foi registrado o equivalente a US$ 136,6 milhões em exportação para a Europa, crescimento de 96% em relação ao ano anterior.
(*) Com informações da Apex-Brasil