Brasília – O comércio entre o Brasil e a China registra forte crescimento nos três primeiros meses do ano, período em que ambos os países aumentaram de forma significativa as vendas externas ao seu parceiro. No caso do Brasil, as vendas para a China saltaram de US$ 7,718 bilhões no primeiro bimestre de 2013 para US$ 9,581 bilhões em igual período deste ano. Por sua vez, as exportações chinesas aumentaram de US$ 8,822 bilhões para US$ 9,747 bilhões este ano. No período, a China acumula um saldo de US$ 166 milhões, cifra bastante inferior ao total de US$ 1,104 bilhão de superávit registrado no primeiro trimestre do ano passado.
A exemplo do que acontecendo nos últimos anos, a pauta exportadora brasileira para a China tem pelo menos duas características principais: em primeiro lugar, sua composição quase integral formada por commodities; em segundo lugar, o fato de que apenas três produtos (soja, minérios de ferro e petróleo) foram responsáveis por cerca de 80% de todo o volume exportado para os chineses.
Em termos numéricos, as vendas de soja totalizaram US$ 3,762 bilhões, as exportações de minério de ferro geraram receita de US$ 3,482 bilhões e o petróleo possibilitou um faturamento de US$ 659 milhões. Outros destaques na pauta foram pasta química de madeira (US$ 314 milhões), açúcar (US$ 210 milhões), carne de frango (US$ 110 milhões), couros bovinos (US$ 79 milhões), ferro nióbio (US$ 76 milhões) e catodos de cobre refinado (US$ 67 milhões).
Na outra ponta do comércio bilateral, a pauta exportadora chinesa é composta integralmente por produtos de alto valor agregado. Entre eles merecem ser destacados outras partes para aparelhos receptors de radiodifusão e televisão (US$ 471 milhões), barcos/farois/guindastes/docas/diques flutuantes (US$ 379 milhões), outras partes para aparelhos de telefonia/telegrafia (US$ 320 milhões), tela para microcomputadores portáteis (US$ 138 milhões), terminais portáteis de telefonia celular (US$ 124 milhões) e microprocessadores (US$ 93 milhões).