Ibraf apoia reivindicações do setor visando impedir a importação de bananas do Equador

Compartilhe:

São Paulo – O Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), que tem como objetivo desenvolver, proteger e defender a fruticultura nacional, realizou diversas gestões junto aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE) visando atender às reivindicações dos produtores de bananas e suas associações, apresentando as ameaças causadas com a abertura do mercado brasileiro para as bananas de origem equatoriana.

Segundo o Ibraf, “o Brasil é o quinto maior produtor de bananas do mundo, sendo que 99% da produção nacional é comercializada no mercado interno, ou seja, somos autossuficientes na oferta desta fruta ao mercado, além de produzirmos  anualmente cerca de 7 milhões de toneladas. A produção de bananas tem um importantíssimo papel social e econômico para o País, abrange uma área de 505 mil hectares e propicia a geração de mais de 500 mil empregos diretos”.

Ameaças

Boa parte da produção brasileira é vinda dos agricultores familiares que dependem unicamente deste comércio para permanecer nessa atividade e como melhoria de renda, que poderão ser prejudicadas pela ação da abertura do mercado brasileiro para as bananas do Equador.

Ainda que o país vizinho tenha anunciado o cumprimento dos requisitos fitossanitários que o tornam apto a exportar a fruta para o Brasil, de acordo com o que prevê a Organização Mundial do Comércio (OMC), visando assim pressionar as autoridades brasileiras para liberar a importação da banana equatoriana, o Ibraf considera “importantíssimo ressaltar os riscos que ainda assim serão enfrentados pelo Brasil com a introdução de pragas e doenças em nosso território, o que resultaria um enorme prejuízo financeiro para controle dessas enfermidades”.

De acordo com o Gerente da área de inteligência Comercial do Ibraf, Cloves Ribeiro Neto, “estamos reunindo e mobilizando todos os esforços necessários para que nosso setor não seja novamente penalizado por ações unilaterais de Governo, onde a fruticultura brasileira é a única a perder e o Equador é o único a ganhar, isto não é uma relação comercial justa. Além disso, socialmente o Brasil irá perder inúmeros postos de trabalho nos principais munícipios produtores, além da falência de muitos pequenos produtores pela baixa competitividade diante da banana importada de alta tecnologia e custos baixos”.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Ibraf

Tags: