Gulfood volta a ter edição presencial e Brasil participa com 50 empresas em quatro pavilhões

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Brasília – Após um ano da pandemia de Covid-19, a feira Gulfood, realizada em Dubai e iniciada nesta segunda-feira (22), retoma o calendário de eventos internacionais da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Tradicional participante do evento, o Brasil está presente com cerca de 50 empresas, em quatro pavilhões.

O presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, recorda que a feira foi a última presencial realizada em 2020, e que a presença brasileira na edição de 2021 reforça o papel estratégico de Dubai e do Oriente Médio para as exportações de bebidas e alimentos brasileiros. “A Gulfood é o pontapé inicial para a retomada da normalidade nos negócios internacionais”, aposta Segovia.

Os Emirados Árabes Unidos estão entre os mercados prioritários mapeados pela Apex-Brasil. Além disso, a feira abrange muitos compradores provenientes de outros grandes e relevantes mercados também daquela região (Oriente Médio e Norte da África) tal como Arábia Saudita, Irã, Argélia e Egito. Dubai é uma cidade hub da região, considerada plataforma de comércio e fornecimento para os exportadores que buscam novas vendas no Oriente Médio, África e Sudeste Asiático.

Entre as vantagens apontadas pela Apex-Brasil para fazer negócios com o parceiro do Oriente Médio está a diversificação progressiva da economia do país, que vem reduzindo sua vulnerabilidade aos movimentos dos preços do petróleo em comparação com outros Estados do Golfo, o que dá mais segurança aos exportadores brasileiros para negociar com empresas baseadas no país.

Baseado em Abu Dhabi, o embaixador Fernando Igreja esteve presente à inauguração do pavilhão do Brasil, visitou a feira e destacou que a presença do Brasil, sobretudo do setor privado, transmite uma mensagem fundamental: que a parceria estratégica entre os países veio para ficar. “Reconhecemos os Emirados Árabes Unidos como um parceiro fundamental pelo qual temos muito apreço. Queremos fortalecer ainda mais nossos laços, especialmente no setor do agronegócio. Estar na Gulfood com uma presença significativa é uma demonstração do nosso empenho”, destacou Igreja.

Estudos de mercado da Apex-Brasil apontam que os subsetores que apresentam oportunidades para produtos brasileiros, juntos, corresponderam a US$ 10,8 bilhões em importações dos países da região e a US$ 4,2 bilhões de exportações brasileiras para os mesmos mercados. Portanto, os subsetores avaliados correspondem a uma participação de 38,9% do Brasil. Para alavancar essa posição privilegiada e expandir ainda mais as oportunidades para empresas brasileiras, a Apex-Brasil mantém um escritório em Dubai desde 2009.

Para o Secretário de Inovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Camargo, a realização da Gulfood já representa um horizonte inicial de saída da pandemia e otimismo de que as restrições vão acabar em breve. “É o primeiro sentimento alvissareiro que experimentamos desde que tudo isso começou. O Brasil era um importador de alimentos na década de 1970 e com muita tecnologia desenvolvida nacionalmente conseguimos nos tornar os maiores exportadores de diversos produtos, entre eles carnes. A Gulfood é uma ótima oportunidade para abrir novas frentes ao agronegócio brasileiro”, indicou. A Gulfood segue até o dia 26 de fevereiro.

(*) Com informações da Apex-Brasil

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