Grande ABC tem comércio exterior em retração e deverá fechar 2013 com deficit na balança comercial

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Da Redação

Brasília – Após registrar sucessivos e importantes superávits, a balança comercial do Grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) deverá fechar o ano de 2013 com um saldo negativo. Entre os meses de janeiro e outubro, o deficit totalizou US$ 134 milhões, resultado de exportações no total de US$ 5,866 bilhões e importações no montante de US$ 6,0 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Sede de grandes empresas dos mais diferentes setores e principal polo automobilístico do País, o Grande ABC teve sempre expressiva participação no comércio exterior brasileiro. Em 2011 a região viveu o melhor momento de seu comércio internacional, tendo realizado exportações no total de US$ 6,984 bilhões e importado mercadorias no valor global de US$ 5,690 bilhões. Aquele foi também o ano em que o Grande ABC obteve o maior saldo da história do seu comércio: US$ 1,294 bilhão .

São Bernardo do Campo

Dos sete municípios que formam o Grande ABC, São Bernardo do Campo é o que tem o comércio exterior mais importante. Nos primeiros meses deste ano, as trocas com os mais diversos países geraram receita da ordem de US$ 3,810 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 3,473 bilhões. Com isso, o município acumula no período um superávit de US$ 337 milhões.

Com importações no total de US$ 1,906 bilhão (correspondentes a 50,05% de todo o volume exportado por São Bernardo do Campo), a Argentina ocupou, de forma destacada, o posto de principal cliente do município no exterior. A seguir vieram os Estados Unidos (US$ 375 milhões), México (US$ 257 milhões), Chile (US$ 211 milhões).

Na outra ponta do comércio exterior, a Alemanha foi o país que mais exportou para São Bernardo do Campo, no montante de US$ 1,037 bilhão (contra US$ 728 milhões nos dez primeiros meses do ano passado). Outros importantes fornecedores de produto ao município são os Estados Unidos (US$ 488 milhões), Argentina (US$ 331 milhões), Suécia (US$ 297 milhões) e China (US$ 201 milhões).

Santo André

Se não conta com um polo automobilístico pujante como o de São Bernardo do Campo, Santo André tem um conjunto expressivo de grandes indústrias dos mais diversos segmentos e este ano o município exportou mercadorias no valor global de US$ 841 milhões, tendo importado produtos no montante de US$ 1,220 bilhão. Com isso, nos dez primeiros meses deste ano acumula um deficit de US$ 378 milhões.

Com importações no total de US$ 169 milhões, a Colômbia foi o principal destino das exportações de Santo André. E o país foi quem mais ampliou as importações do município, com um aumento de impressionantes 419,40% em comparação com igual período de 2012. Outros clientes de Santo André no exterior foram os Estados Unidos (US$ 152 milhões), a Argentina (US$ 135 milhões), China (US$ 53 milhões) e Paraguai (US$ 38 milhões).

A relação dos países que mais exportaram para Santo André entre os meses de janeiro e outubro foi liderada pela Coreia do Sul (US$ 290 milhões), seguida pelos Estados Unidos (US$ 212 milhões), China (US$ 183 milhões), Tailândia (US$ 102 milhões) e Argentina (US$ 93 milhões)

São Caetano do Sul

As exportações de automóveis para diversos países e a Argentina em especial, foram o grande motor do comércio externo de São Caetano do Sul. Este ano, até outubro, as exportações do município totalizaram US$ 543 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 272 milhões. No ano, a balança comercial de São Caetano do Sul está superavitária em US$ 271 milhões.

O ranking dos principais importadores do município é liderado pela Argentina (US$ 457 milhões), seguida pelo México (US$ 45 milhões), Estados Unidos (US$ 12 milhões), Uruguai (US$ 11 milhões) e Cuba (US$ 4,6 milhões).

De janeiro a outubro, a Coreia do Sul foi o país que mais exportou para São Caetano do Sul: US$ 91 milhões. A seguir figuram os Estados Unidos (US$ 35 milhões), Argentina (US$ 34 milhões), China (US$ 25 milhões) e Itália (US$ 14 milhões).

Diadema

Enquanto São Bernardo do Campo é o município do Grande ABC que acumula o maior superávit da região, Diadema aparece como o maior deficitário nas transações com o exterior nos dez primeiros meses de 2013. No período, as exportações do município somaram US$ 215 milhões, enquanto as importações totalizaram US$ 598 milhões. Com isso, a balança comercial do município está negativa em US$ 383 milhões. Em todo o ano de 2012 Diadema teve um deficit de US$ 352 milhões.

Apenas cinco países importaram mercadorias de Diadema em valor global superior a US$ 10 milhões no período janeiro/outubro: Argentina (US$ 46 milhões), China (US$ 42 milhões), Estados Unidos (US$ 13 milhões), México (US$ 12 milhões) e Índia (US$ 10 milhões).

Entre os principais fornecedores de mercadorias a Diadema figuram a Alemanha (US$ 126 milhões), China (US$ 117 milhões), Estados Unidos (US$ 96 milhões), Japão (US$ 31 milhões) e Índia (US$ 25 milhões).

Mauá

Com exportações no total de US$ 291 milhões e importações totalizando US$ 359 milhões, Mauá terminou o período janeiro/outubro com um deficit de US$ 68 milhões em sua balança comercial.

Lideradas por produtos como copolímeros de propileno (US$ 65 milhões) e polipropileno sem carga em forma primária (US$ 37milhões), as exportações do município tiveram como principais destinos a Argentina (US$ 60 milhões), Estados Unidos (US$ 45 milhões), China (US$ 25 milhões), Chile (US$ 19 milhões) e Países Baixos (US$ 12 milhões).

O principal item na pauta importadora do município até o mês de Outubro foram outros monoalcóois saturados (US$ 21 milhões) e os maiores exportadores para Mauá foram a Argentina (US$ 60 milhões), Estados Unidos (US$ 45 milhões), China (US$ 29 milhões), Chile (US$ 19 milhões) e Países Baixos (US$ 12 milhões).

Ribeirão Pires

Cartuchos para espingardas e carabinas, seguidos por outras espingardas e carabinas para caça ou tiro-ao-alvo são os principais itens da pauta exportadora de Ribeirão Pires. Somados, geraram ao município receita no total de US$ 135 milhões (correspondentes a 82,06% de todo o volume exportado).

Com importações no valor de US$ 58 milhões, os Estados Unidos foram o maior cliente de Ribeirão Pires, seguidos pelos Emirados Árabes Unidos (US$ 15 milhões), Alemanha (US$ 12 milhões), Arábia Saudita (US$ 11 milhões) e Estônia (US$ 9 milhões).

Graças às vendas de  catodos de cobre refinado, o Chile liderou a relação dos exportadores para Ribeirão Pires (US$ 16 milhões). A seguir vieram a China (US$ 12 milhões), Itália (US$ 9 milhões), Estados Unidos (US$ 7 milhões) e México (US$ 3 milhões).

Rio Grande da Serra

Menor entre todas as economias do Grande ABC, Rio Grande da Serra é, também, o município que menos transações realiza em seu comércio exterior. Suas exportações somaram, entre janeiro e outubro, pouco mais de US$ 284 mil, enquanto as importações atingiram US$ 6,580 milhões. No período, o município acumula um saldo negativo de US$ 6,3 milhões.

As exportações do município tiveram como destino a Índia (US$ 182 mil), México (US$ 41 mil), China (US$ 32 mil), Alemanha (US$ 19 mil) e Argentina (US$ 6 mil). Já as importações foram provenientes da China (US$ 2,3 milhões), Estados Unidos (US$ 993 mil), Bélgica (US$ 653 mil), Alemanha (US$ 553 mil) e Romênia (US$ 395 mil).

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