Governo aposta em uma neoindustrialização verde no Brasil, diz Indústria Verde

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Brasília – A aposta do governo em uma neoindustrialização verde no Brasil tem como objetivo direcionar o país rumo a uma economia descarbonizada. A ideia é aproveitar essa oportunidade de retomada para colocar o Brasil como protagonista na atração de investimentos.

Ao Indústria Verde, a assessora da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Carina Vitral, explicou que o governo não quer só que o Brasil do futuro seja um país de exportação de energias renováveis: “Queremos que essa oportunidade que o Brasil vai ter de descarbonizar a economia também signifique a oportunidade de neoindustrialização para o país”.

“A gente não quer só ter a energia solar: queremos que as placas solares sejam produzidas no Brasil”, exemplifica. “Queremos o hidrogênio verde ou hidrogênio de baixo carbono, mas que os hidrolisadores sejam produzidos no Brasil. Queremos que as tecnologias fiquem no Brasil para que a gente tenha ganhos de produtividade, ganhos para o desenvolvimento nacional e ganhos distributivos para a população brasileira”, completa.

Vitral participou da conferência “O Powershoring e a Neoindustrialização Verde do Brasil – Perspectivas, Potencial, Políticas Públicas e Privadas”, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); o Banco do Nordeste (BNB); e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).

Foi o CAF, aliás, que cunhou o termo “powershoring”, que é a estratégia empresarial de localização de plantas industriais e de produção em países com farta oferta de energias limpas, baratas, seguras e abundantes. E assim, no novo contexto global de crise climática e tensão geopolítica, o powershoring desponta como forma de atrair investimentos diretos estrangeiros a países da América Latina, especialmente o Brasil.

Ao Indústria Verde, Vitral falou sobre o powershoring e sobre o Plano de Transformação Ecológica recém-anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – que atuará também para intensificar o desenvolvimento sustentável do Brasil.

(*) Com informações da CNI

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