Goiás terá safra récorde de soja

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Goiás terá safra recorde de soja

Goiás deve registrar na safra atual a maior produção de soja da sua história. No quarto levantamento da safra de grãos 2009/2010, divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção goiana da oleaginosa é estimada em 7,33 milhões de toneladas, distribuídas em 2,46 milhões de hectares. Com esse resultado, a área plantada de soja no Estado cresceu 7% em relação ao período 2008/2009, e a produção teve alta de 7,3%.

Na safra anterior, foram plantados 2,30 milhões de hectares de soja em Goiás e a colheita chegou a 6,83 milhões de toneladas. O assessor técnico da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Leonardo Machado, lembra que a soja é a cultura com maior rentabilidade para o produtor atualmente. “Os dados indicam que o agricultor fez a opção certa, já que escolheu a lavoura mais rentável, com maior liquidez em relação ao milho, por exemplo”, diz.

Como a área total plantada com grãos no Estado deve ficar em 3,80 milhões de hectares, o que representa uma queda de 0,3% em relação aos 3,81 milhões de hectares cultivados na safra anterior, é possível afirmar que houve uma migração das áreas de milho, algodão, feijão e arroz para as lavouras de soja.

“Em todo o País, os produtores reduziram as lavouras de milho, algodão e arroz para plantar mais soja. E também houve alguns ganhos de área em regiões de pastagens degradadas”, explica o técnico de avaliação de safras da Conab, Eledon Oliveira.

No total, a produção goiana de grãos deve recuar 3%, ficando em 12,82 milhões de toneladas em 2009/2010 contra 13,22 milhões de toneladas em 2008/2009. Essa queda é prevista porque, apesar do avanço da soja, lavouras de arroz, feijão e milho perderam espaço (veja quadro).

 Milho

O milho (total), por exemplo, deve chegar a 4,02 milhões de toneladas produzidas este ano em Goiás, contra 4,89 milhões de toneladas da safra anterior, uma queda de 17,9%. Essa redução pode ser explicada pelo excesso do produto no mercado (os estoques de passagem no Brasil estão altos) e pelos preços abaixo do esperado pelos produtores na época do plantio.

No caso do algodão (em caroço), o levantamento divulgado ontem indica que a produção goiana deve cair 11,6% nesta safra, para 215,2 mil toneladas, como consequência da queda de 10% na área plantada. Segundo a Conab, a baixa cotação do produto nos mercados interno e externo foi o principal fator para a diminuição no plantio.

No entanto, com a recuperação dos preços do algodão nos últimos meses, é provável que essa estimativa seja alterada em vários Estados, inclusive Goiás. “Em muitas regiões,o plantio de algodão ainda é forte em janeiro. Assim, o produto pode ter uma área plantada maior do que a prevista até agora”, afirma Eledon Oliveira, da Conab.

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