Cuiabá – A reunião ocorrida segunda-feira (1º ) entre o grupo de empresários, investidores e autoridades de Cáceres e o presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Mauro Mendes, na sede da instituição, deu o pontapé inicial para uma articulação mais incisiva em prol da implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) naquele município.
No encontro, Mendes entregou ao prefeito de Cáceres, Túlio Fontes, as seis cartas de intenções de empresas que desejam se instalar no local. Após a reunião na Fiemt o grupo seguiu para a audiência pública sobre o assunto, na Assembléia Legislativa.
“Mauro Mendes se comprometeu e fez acontecer. Em nome de toda a população de Cáceres e empresários do município agradeço o empenho da instituição em apoiar a ZPE, que é de Mato Grosso e não apenas de Cáceres”, enfatizou o prefeito.
Com as cartas entregues pelo presidente do Sistema Fiemt, já somam treze empresas que sinalizaram o compromisso de se instalarem na ZPE (entre elas indústrias de reciclagem de plásticos, alimentos, madeiras e borracha). Para Mendes, o Estado já entra tarde no processo. “Temos matérias-primas que podem ser transformadas e comercializadas como produtos acabados. São oportunidades para o Mercosul”.
Durante a audiência pública na AL-MT, o governo do Estado anunciou desembolso de R$ 885 mil até o fim do ano em recursos emergenciais de infraestrutura para construir a ZPE, junto ao Distrito Industrial do município. As obras físicas do espaço com incentivo tributário e aduaneiro devem ser iniciadas, ao mais tardar, no dia 30 de junho, sob pena de cancelamento da concessão de instalação.
Nos próximos 18 meses, segundo informou o presidente da Administradora da ZPE de Cáceres (Azpec), Adílson Reis, o aporte para a primeira etapa de funcionamento e todas as condições estruturais do recinto exportador têm previsão de R$ 14 milhões em investimento. Nessa fase, serão 30 as empresas instaladas.
Obrigatoriamente, 80% dos produtos da zona precisam ser exportados e 20% podem ser destinados ao mercado interno. O projeto total para implantação da ZPE nos 247 hectares de área requer cerca de R$ 55 milhões. A produção dentro da zona se beneficia de incentivos fiscais por não pagar impostos sobre produtos industrializados (IPI), de importação (II), Pis/Cofins e terem redução do Adicional de Frete da Marinha Mercante, além da redução de 75% do Imposto de Renda nos 10 primeiros anos de operação.
O presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (Abrazpe), Helson Braga, relatou em sua intervenção na audiência que “por um longo tempo, houve governos desinteressados e contrários ao programa de ZPEs”.
Carta de intenção
O vice-presidente do Sistema Fiemt, Alexandre Furlan, sócio-proprietário da Plastibras, é um dos empresários que vai se instalar na ZPE de Cáceres, e destaca que entre os produtos da empresa estão granulados de plástico de alta densidade, tubos para conduítes de instalações elétricas e para drenagem em estradas.A Plastibrás atua há cinco anos, vende para sete estados e utiliza embalagem de agrotóxico como matéria-prima. “A ZPE tem benefício tributário e aduaneiro para exportação”,conclui Furlan.
Fonte: Unecom – Sistema FIEMT com A Gazeta
