José Augusto de Castro, presidente da AEB - Foto: Divulgação

Falta de demanda na Argentina seguirá paralisando exportação de veículos nos próximos meses, diz AEB

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Da Redação

Brasília – A indústria automobilística brasileira registrou no mês de abril o pior resultado da série histórica, com uma queda de 78,8% nas exportações de automóveis de passageiros. No quadrimestre, as vendas externas de veículos acumularam uma contração de 35,8%.

Na opinião do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, a crise deverá persistir nos próximos meses e o motivo é simples: com a grave crise que afeta a Argentina, as exportações seguirão paralisadas devido à falta de demanda. Colômbia e Peru, dois outros mercados importantes para a industria nacional, também vem reduzindo acentuadamente as importações de veículos nacionais.

Para José Augusto de Castro, “o principal mercado para as exportações de automóveis é a Argentina e o país vizinho está exatamente igual ao Brasil. Lá, como aqui, não existe demanda. E mesmo não tendo produção hoje, porque as fábricas estão paradas, não existe demanda. Infelizmente esta é a realidadde. Ninguém está preoupado em comprar automóveis em tempos de pandemia e Covid-19”.

O presidente da AEB destacou que vem mantendo contatos com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, e ele tem colocado muito bem ao reiterar que a última coisa que as pessoas pensam hoje é em comprar automóveis. Estão preocupados é em adquirir bens de primeiríssima necessidade. Então, infelizmente, essa queda retrata exatament o que está passando hoje com as economias brasileira e argentina. É uma queda fortíssima e que deve perdurar nos próximos meses, pois o quadro na Argentina não deverá mudar no futuro próximo”.

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