Exportações para o Mercosul despencam 27,24% e atingem mais baixo nível desde o ano de 2009

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Da Redação

Brasília –  As exportações brasileiras para os países-membros do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) não param de cair e até o mês de novembro amargam uma retração de 27,24%, a maior desde o ano de 2009, quando as vendas para o bloco tiveram uma redução de 27,38%. Este ano, de janeiro a novembro, as exportações brasileiras somam US$ 13,277 bilhões, contra US$ 18,248 bilhões exportados em igual período de 2013.

Ainda que em ritmo menos acentuado, as vendas dos países do Mercosul para o Brasil também estão em baixa. De janeiro a novembro do ano passado as exportações dos sócios e vizinhos totalizaram US$ 15,187 bilhões e este ano somaram apenas US$ 12,955, uma retração da ordem de 15,25%.

 O movimento de baixa no intercâmbio do Brasil com o Mercosul está sendo puxado pela queda em percentuais praticamente idênticos nas exportações e importações realizadas com a Argentina. Do lado das exportações, da janeiro a novembro o que se vê é uma redução de 27,24% para US$ 13,277 bilhões. No tocante às importações de produtos argentinos houve uma diminuição de 15,25% e as vendas totalizaram US$ 12,955 bilhões.

Esses números indicam que este ano o Brasil terá um dos menores saldos na balança comercial com a Argentina nos últimos tempos. Nos primeiros onze meses de 2014, o superávit ficou em US$ 322 milhões. Em todo o ano passado, o superávit brasileiro foi de US$ 3,152 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Com exportações e importações em queda, a Argentina chegará ao fim do ano figurando, na melhor das hipóteses, como o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China, Estados Unidos e Alemanha.

Segundo o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, as exportações brasileiras para a Argentina devem cair em mais de US$ 5 bilhões. As maiores quedas se dão em automóveis de 1500 cilindradas (-42.75%), automóveis de 1000 cilindradas(-46,63%), chassis com motor diesel e cabinas (-40,85%), outras partes e acessórios de carroçarias para automóveis (- 37,58%). Quedas não menos expressivas aconteceram nas vendas de autopeças, veículos de carga, motores para veículos, tratores e laminados.

A retração nas exportações argentinas atinge também de forma mais acentuada o setor automobilístico. As vendas de veículos automóveis com motor diesel caíram 10,70% de janeiro a novembro. Também foram reduzidas as exportações de automóveis de 1000 cilindradas (-1,96%), de 1500 cilindradas (- 31,98%), de trigo (-43,36%), de naftas para a petroquímica (- 23,9i1%) e de caixas de marchas (-8,68%).

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