Da Redação
Brasília – As exportações brasileiras para a Rússia tiveram uma forte expansão de 27,09% em setembro impulsionadas por um aumento ainda mais expressivo de 36,49% nas vendas de carne bovina e de 19,19% nas transações de carne de suínos e totalizaram nos nove primeiros meses do ano US$ 2,832 bilhões, cifra ligeiramente inferior aos US$ 2,974 bilhões exportados para a Rússia em todo o ano de 2013.
Mantida essa tendência de alta, as exportações brasileiras para a Rússia podem fechar o ano com a segunda melhor marca da história, atrás apenas dos US$ 4,653 bilhões negociados em 2008. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na outra ponta do comércio bilateral, as exportações da Rússia para o Brasil também cresceram no período janeiro/setembro, ainda que em rítmo menos acelerado. No período, as vendas russas tiveram um aumento de 14,30% e somaram US$ 2,195 bilhões,. Em todo o ano passado, a Rússia exportou para o Brasil produtos no valor total de US$ 2,676 bilhões.
A carne bovina foi o principal item na pauta exportadora brasileira para a Rússia este ano, totalizando US$ 1,033 bilhão, contra US$ 898 milhões exportados em igual período de 2013. A seguir aparece a carne de suínos, com um total de US$ 562,49 milhões, contra US$ 274 milhões vendidos aos russos entre janeiro e setembro do ano passado. Também merecem ser destacadas as exportações de açúcar, num total de US$ 370 milhões e de soja, que não chegaram a ser exportadas em 2013 e este ano geraram uma receita de US$ 251 milhões.
Em relação às exportações de carne suína, vale registrar que em setembro a Rússia foi responsável por 39,60% de todas as exportações realizadas pelo País. O crescmento dos embarques é reflexo da estratégia de Moscou de substituir as importações dos Estados Unidos e da União Europeia por produtos de outros países, principalmente o Brasil, devido à crise na Ucrânia.
No mês de setembro, a Rússia importou 17.065 toneladas de carne suína, o que rpresentou um faturamento de US$ 87,87 milhões, um aumento de 76,75% em volume e 172,87% em valor. De janeiro a setembro o Brasil exportou 129.499 toneladas para o mercado russo e faturou US$ 562,49 milhões, variação de 23,81% e 80,82%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Francisco Turra, “as novas habilitações de frigoríficos brasileiros pela Rússia resultam em aumento gradativo das vendas para aquele mercado. Com demanda e a oferta ajustadas, as indústrias estão vendendo menos para alguns mercados e passaram a atender prioritariamente ao mercado russo. Em outubro, os embarques para a Rússia deverão apresentar um volume ainda mais expressivo”.
Em ritmo menos acelerado que aquele alcançado pelas vendas brasileiras, as exportações russas para o Brasil também vêm crescendo no decorrer deste ano. A alta até setembro foi de 14,30%. Fertilizantes e seus componentes, alumínio e óleo diesel são os destaques na pauta exportadora para o Brasil. As vendas de cloreto de potássio representaram US$ 361 milhões em negócios, seguido por didrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 317 milhões), alumínio não ligado em forma bruta (US$ 284 milhões), nitrato de amônio (US$ 208 milhões), óleo diesel (US$ 192 milhões), ureia (US$ 158 milhões), adubos ou fertilizantes (US$ 81 milhões).
