Exportações para a China seguem em queda livre e soja responde por 48,60% do total exportado

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Da Redação

Brasília – Pela primeira vez desde 2011, as exportações brasileiras para a China devem situar-se este ano abaixo do patamar de US$ 40 bilhões e de janeiro a outubro as vendas para o país asiático totalizaram pouco mais de US$ 31 bilhões, com uma retração de -14,50% em comparação com o mesmo período do ano passado. Essa mesma curva descendente é registrada na importação de produtos chineses, que nos dez primeiros meses do ano estão em queda de -13,64% para US$ 27 bilhões. Nos dois últimos anos, o Brasil importou mercadorias chinesas em valores acima de US$ 37 bilhões.

Segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações para a China tendem a distanciar-se cada vez mais do recorde registrado em 2013, quando totalizaram US$ 46 bilhões. Da mesma forma, as importações também vão se distanciando do valor alcançado em 2013, ano em que o Brasil importou produtos chineses  em torno de US$ 37,3 bilhões. De janeiro a outubro, as importações de produtos chineses somaram US$ 27,2 bilhões.

De janeiro a outubro, a exemplo do que vem acontecendo nos últimos anos, a pauta exportadora brasileira para a China concentrou-se nas três principais commodities exportadas pelo País: soja, minério de ferro e petróleo. Juntos, esses produtos foram responsáveis por 74,73% de todo o volume negociado com os chineses no período. Dos três, soja e minério de ferro apresentam queda nas receitas obtidas com as exportações.

As vendas de soja geraram receita no montante de US$ 15,4 bilhões (queda de -7,91% em comparação com idêntico período do ano passado), apesar de o volume exportado ter crescido de 32,5 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2014 para 39,4 milhões de toneladas embarcadas no mesmo período deste ano. Um dado relevante: as exportações de soja foram responsáveis por 48,60% de todo o volume exportado pelo Brasil para a China até o mês de outubro.

No caso do minério de ferro, a queda foi muito mais expressiva: -53,69%, devido a uma combinação da redução no volume exportado e do preço do produto nos mercados internacionais. Com isso, a receita gerada pelas vendas de minério de ferro somaram US$ 4,687 bilhões, contra US$ 10,1 bilhões exportados de janeiro a outubro do ano passado.

A retração no fluxo das exportações para a China só não foi maior porque foram registrados aumentos relevantes nas vendas de petróleo, que somaram US$ 3,5 bilhões, contra US$ 2,875 bilhões exportados até outubro de 2014. E também pela alta significativa nas exportações de carnes de bovino, que geraram receita no valor de US$ 306 milhões (contra apenas US$ 337 mil exportados de janeiro a outubro de 2014), de catodos de cobre refinado, com uma alta de +122,79% para US$ 446 milhões e de 16,96% nas vendas de carne de frango, que atingiram a cifra de US$ 504 milhões, contra US$  431 milhões exportados no mesmo período do ano passado.

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