Da Redação
Brasília – As exportações brasileiras para os países do Oriente Médio, que totalizaram US$ 1,745 bilhão no primeiro bimestre de 2013 caíram para pouco mais de US$ 1,583 bilhão em igual período deste ano. Enquanto isso, as vendas ao Brasil pelos países árabes subiram de US$ 1.170 bilhão no período janeiro/fevereiro do ano passado para US$ 1,363 bilhão nos dois primeiros meses de 2014.
Os números obtidos pelo www.comexdobrasil.com junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram ainda que nos dois primeiros meses deste ano, o superávit acumulado pelo Brasil no intercâmbio commercial com os países do Oriente Médio somou US$ 220 milhões, uma queda expressiva de 61,72% se comparados com US$ 574 milhões de saldo registrado no primeiro bimestre de 2013.
Os números do MDIC são ainda bastante preliminares e se referem apenas ao primeiro bimestre do ano, mas ainda assim levam especialistas em comércio exterior a arriscar um prognóstico de que em 2014 dificilmente o Brasil vai alcançar saldos significativos no intercâmbio com os países daquela região.
Assim, superávits marcantes como aqueles registrados em 2011 (o maior alcançado pelo País no comércio com os países árabes, superior a US$ 6,133 bilhões), em 2010 (saldo de US$ 5,844 bilhões) e mesmo em 2013 (superávit de US$ 3,585 bilhões), podem passar ser, a partir deste ano, coisas do passado.
Este ano, assim como nos melhores anos desse intercâmbio bilateral, a pauta exportadora brasileira para os países árabes, continua sendo composta essencialmente por produtos primários. No período, os principais itens dessa pauta foram carne de frango (US$ 235 milhões), açúcar (US$ 215 milhões), milho (US$ 147 milhões), minério de ferro (US$ 144 milhões), pedaços e miudezas de frangos (US$ 143 milhões) e carne bovina congelada (US$ 143 milhões).
Do lado dos países árabes, também como ocorre tradicionalmente, o petróleo continua sendo, de longe, o principal produto exportado para o Brasil, tendo gerado receita no valor de US$ 869 milhões nos dois primeiros meses deste ano. Outros integrantes da pauta foram querosene de aviação (US$ 168 milhões), ureia (US$ 77 milhões), oleo diesel (US$ 45 milhões) e outros cloretos de potássio (US$ 17 milhões).