Da Redação
Brasília – O deficit acumulado pelo Brasil no comércio bilateral com a União Europeia (UE) não para de crescer e no período janeiro-agosto já é 438,98% superior ao saldo negativo registrado em igual período do ano passado. Em números, o deficit passou de US$ 1,189 bilhão nos sete primeiros meses de 2012 para US$ 4,033 bilhões este ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com base nesses números, o intercâmbio do Brasil com os vinte e oito países-membros da UE certamente superará a cifra de US$ 6 bilhões
Os países da União Europeia sempre foram, no passado recente, responsáveis pelos maiores superávits obtidos pelo Brasil no comércio exterior. Após atingir US$ 4,007 bilhões em 2010, o saldo brasileiro subiu para US$ 6,519 bilhões em 2011.
Ano passado as exportações europeias cresceram ligeiramente, ao passo em que as vendas brasileiras tiveram uma queda acentuada. Com isso, o superávit brasileiro foi reduzido drasticamente para US$ 1,189 bilhão.
Essa tendência foi reforçada nos oito primeiros meses deste ano. No período, enquanto o Brasil exportou pouco mais de US$ 30,069 bilhões, os europeus venderam ao mercado brasileiro produtos no montante de US$ 34,102 bilhões. Assim, o intercâmbio bilateral é desfavorável ao Brasil em US$ 4,033 bilhões.
Alemanha
Principal motor da economia europeia, a Alemanha é o principal responsável pelo expressivo deficit acumulado pelo Brasil no intercâmbio com os países europeus. De janeiro a agosto, os alemães exportaram para o Brasil mercadorias no total de US$ 10,085 bilhões. Nesse mesmo período, as exportações brasileiras para a Alemanha somaram pouco mais de US$ 4,142 bilhões. Com isso, a balança bilateral pendeu para os alemães e proporcionou ao país um superávit de US$ 5,942 bilhões, cifra bem superior ao saldo obtido pelo bloco europeu no intercâmbio com o Brasil no período.