Exportações e importações em queda geram deficit de US$ 3,174 bilhão na balança comercial

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Da Redação (*)

Brasília – No mesmo dia em que o Banco Central divulgou o Boletim Focus informando que o Brasil deve fechar o ano com um superávit de US$ 5 bilhões em sua balança comercial, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou que o país começou o ano importando mais do que exportando e que a balança comercial – diferença entre exportações e importações – teve em janeiro déficit de US$ 3,174 bilhões.

Apesar do resultado negativo, o déficit caiu 21,9% em relação a 2014. Em janeiro do ano passado, o país tinha importado US$ 4,068 bilhões a mais do que tinha exportado, o pior resultado da história para o mês.

A diferença entre compras e vendas está caindo porque as importações estão recuando mais que as exportações. Em janeiro, o país exportou US$ 13,704 bilhões, recuo de 10,4% pela média diária em relação ao mesmo mês de 2014. As importações somaram US$ 16,878 bilhões, retração de 12% na mesma comparação.

No mês passado, as exportações caíram  por causa da queda do preço internacional dascommodities – bens primários com cotação internacional – e da retração da venda de produtos industrializados, principalmente para a Argentina.

De acordo com o MDIC, o valor das vendas de manufaturados caiu 14,6%, puxado pela queda nos embarques de veículos de passageiros, óleos combustíveis, motores e geradores. As exportações de produtos básicos caíram 11,1%, principalmente por causa do minério de ferro, da carne bovina, da carne suína e do farelo de soja.

Os produtos seminanufaturados foram a única categoria de produtos em que as exportações aumentaram, com alta de 3,1% em relação a janeiro de 2014. O crescimento concentrou-se nas vendas de aço, ferro fundido, madeira serrada e óleo de soja em bruto.

Por outro lado, A queda nas importações foi motivada pela diminuição das compras de combustíveis e lubrificantes (-28,4%), de bens de consumo (-14,2%), de bens de capital (-8%) e de matérias-primas e intermediários (-7%). Em relação aos bens de consumo, os maiores recuos ocorreram nas importações de veículos de passageiros e peças, de eletrodomésticos e de móveis.

(*) Com informações da Agência Brasil

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