Da Redação
Brasília – O fluxo de comércio entre o Brasil e os Estados Unidos chegou ao fim do primeiro quadrimestre do ano apresentando quedas expressivas tanto nas exportações quanto nas importações e registra no primeiro quadrimestre de 2016 o menor volume de negócios realizados pelos dois países num primeiro quadrimestre nos últimos anos.
De janeiro a abril, as exportações brasileiras totalizaram US$ 6,698 bilhões (queda de 13,90% comparativamente com igual período do ano passado) e as vendas americanas somaram US$ 7,172 bilhões (com uma retração de -24,81%). Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desevolvimento, Indústria e Comércio Exterior IMDIC).
Com exportações e importações em declive acentuado, os Estados Unidos vêem reduzida sua participação no comércio exterior brasileiro. De janeiro a abril, o país foi o destino de 11,97% das exportações brasileiras e forneceu 16,80% de todas as mercadorias adquiridas pelo Brasil no exterior.
No tocante às exportações, foram registradas quedas em todas as categorias de produtos. A mais acentuada delas aconteceu nos produtos básicos, com uma redução de 39,34%. Os principais responsáveis pela diminuição de receita foram o café não torrado (-33,36% para US$ 271 milhões), petróleo (-63,74% para US$ 234 milhões) e preparações alientícias e conservas de bovinos (- 31,87% para US$ 77 milhões).
As exportações de produtos manufaturados para o mercado americano tiveram uma queda de 23,06%, com destaque para produtos semimanufaturados de ferro (-58,82% e receita de US$ 171 milhões) e ferro fundido bruto não ligado (-74,93% e receita de US$ 47 milhões).
Entre os produtos manufaturados, a queda das exportações foi menos acentuada e situou-se em 5,17%. A redução nas vendas foi puxada pelos sucos de laranjas (queda de 14,87%), outros couro/peles de bovinos (-14,98% e receita de US$ 59 milhões) e ferro fundido (-74,93% com receita de US$ 47 milhões).
Do lado americano, registrou-se diminuição importante nas vendas ao Brasil de produtos como óleo diesel (-23,05% e receita de US$ 433 milhões), hulha betuminosa, não aglomerada (-32,12%, com exportações no total de US$ 154 milhões) e outras partes para aviões e hilicopteros (-17,65% e receita de US$ 79 milhões).