Brasília (Comex-DF) – As exportações do DF para Portugal, terceiro principal país de destino para as vendas das empresas brasilienses no exterior, apresentam queda significativa de janeiro a agosto e devem fechar o ano muito distantes do volume exportado para aquele país em 2008. Nos oito primeiros meses deste ano, as exportações do DF para Portugal somaram US$ 6,6 milhões, com uma queda de 47,36% em relação aos US$ 12,5 vendidos para aquele país de janeiro a agosto do ano passado. Em todo o ano de 2008, as exportações do DF para Portugal atingiram o volume recorde de US$ 18,8 milhões.
Com relação às exportações de Portugal para o DF, apesar de os números serem bem mais modestos, é igualmente improvável que se chegue ao final do ano com um desempenho superior àquele registrado em 2008. De janeiro a agosto deste ano Portugal exportou para o DF mercadorias (azeite, bacalhau e vinhos principalmente) no montante de US$ 2,3 milhões, 62,62% a mais que o total de US$ 1, 4 milhões vendidos pelos portugueses ao DF em igual período de 2008. Durante todo o ano passado as exportações de Portugal para o Distrito Federal somaram US$ 3 milhões.
Na opinião de Fernando Brites, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Portugal para Brasília e Centro-Oeste, “o aumento expressivo das exportações do DF para Portugal no ano passado deveu-se à inauguração do vôo ligando a capital federal a Lisboa e o que mais exportamos para Portugal foi o combustível que abastece os aviões da Tap. Por isso motivo é que se registrou um elevação tão expressiva das vendas para aquele país. Fora o combustível que abastece as aeronaves, temos muito pouco a exportar para Portugal, como software, por exemplo. Do lado português, cerca de 85% da pauta exportadora para o DF é composta por vinhos, azeite e bacalhau ”.
Fernando Brites evita fazer prognósticos sobre qual poderá ser o desempenho da balança comercial entre Brasília e Portugal ao fim de 2009: “a verdade é que aqui em Brasília não temos nenhum grande produto exportável para Portugal e a nossa pauta é muito oscilante. Ano passado, pelo motivo que citei acima, houve um aumento substancial das exportações brasilienses, mas nada nos garantia que em 2009 esses índices fossem permanecer. Mas é possível antecipar que, com certeza, não só não repetiremos como estaremos muito distantes de alcançar o volume exportado para Portugal em 2008”.
