Exportações de veículos têm alta de 24,8% em volume e queda de 8,7% em faturamento em 2015

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Da Redação (*)

Brasília – As exportações de autoveículos chegaram a 416,9 mil unidades em 2015, crescimento de 24,8% na comparação com o ano anterior, quando foram comercializadas 334,2 mil unidades no mercado externo. Em dezembro, foram exportados 46,2 mil veículos, 97,2% a mais do que em dezembro de 2014 (23,4 mil). Na comparação com novembro (36,5 mil), foi registrado aumento de 26,5%.

Em valores, as exportações registraram queda de 8,7% no ano, chegando a US$ 10,4 bilhões. “Apesar do crescimento em unidades, a queda em valor se dá em por conta do mix, porque exportamos peças em maior preço do que havíamos feito em 2014”, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),Luiz Moan.

O presidente da Anfavea divulgou hoje (7), em São Paulo, os números da produção e comerialização de veículos produzidos pela indústria nacional e de acordo com  Anfavea, a venda de veículos caiu 26,6% em 2015, com a comercialização de 2,57 milhões de unidades. Em 2014, foram vendidas 3,50 milhões de unidades. Ainda de acordo com a Associação, em dezembro de 2015 foram negociadas 227,8 mil unidades, 16,7% a mais do que em novembro (195,2 mil). Na comparação com dezembro do ano anterior, quando foram comercializados 370,0 mil veículos, houve queda de 38,4%.

Em 2015, a produção caiu 22,8% (2,43 milhões) na comparação com o ano anterior, quando a produção alcançou 3,15 milhões. Em dezembro de 2015 foram produzidas 142,9 mil unidades, contra 204,0 mil de dezembro de 2014, o que representou uma queda de 30,0%. Ante o mês de novembro, quando a produção foi de 175,1 mil unidades, houve queda de 18,4%.

“As vendas em 2015 se equiparam às de 2007, ou seja, tivemos um recuo de oito anos na comercialização. Chama a atenção para a queda no segmento de caminhões, de quase 48%, e ônibus, com quase 39%. Esse ano não foi positivo, porque as questões políticas influenciaram em demasia a confiança do consumidor e contaminaram a economia de maneira forte”, afirmou  Luiz Moan.

 “Com a produção anual, voltamos ao ano de 2006. Houve adequação ao mercado interno e ao nível de estoque, que estava atingindo níveis absolutamente incompatíveis com o desempenho saudável do nosso segmento. Em termos de estoque, fechamos ao ano com 271 mil unidades. Em dias úteis, fechamos com 36 dias de estoque”, acrescentou Moan.

Segundo Moan, o setor fechou o ano com 130 mil funcionários diretos, uma queda de 10,2% na comparação com 2014.

“Estamos entre 2009 e 2010, demonstrando claramente a preocupação do setor com a manutenção ao máximo do nível de emprego, o que consideramos fundamental. Até por isso buscamos, no decorrer do ano, a aprovação de uma forma de proteção adicional, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que estamos utilizando ao máximo. Para se ter ideia, fechamos o ano com 5,1 mil funcionários em lay-off e 35,6 mil no PPE”.

A Anfavea estima que, em 2016, a produção fique estável, com crescimento de 0,5%, as vendas internas caiam 7,5% e as exportações em unidade de autoveículos cresçam 8,1% (veículos leves, 7,7% e pesados 12,4%).

(*) Com informações da Agência Brasil

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