Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil // Foto: Amcham

Exportações de manufaturados brasileiros para os EUA batem recorde no semestre

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Enquanto as vendas do Brasil para o mundo de bens industriais caíram 0,1% nesse período, elas cresceram 4% para os Estados Unidos 

São Paulo – As exportações industriais brasileiras para os Estados Unidos atingiram o recorde de US14,5 bilhões neste 1º semestre de 2023, revela a mais recente edição do Monitor do Comércio Brasil-EUA, elaborado pela Amcham Brasil. Em comparação com o 1º semestre do ano passado, o aumento foi de 4%, consolidando o mercado americano como o principal destino das vendas externas brasileiras de bens industriais (17% do total exportado pelo Brasil). No mesmo período, os embarques desses itens do Brasil para o mundo caíram 0,1%.

“O desempenho das exportações industriais do Brasil para os Estados Unidos segue evoluindo em agregação de valor e volume, o que evidencia a importância da relação bilateral para a economia e para o setor produtivo brasileiros. Oito dos dez principais produtos exportados para os Estados Unidos são da indústria de transformação, em setores estratégicos como o siderúrgico, aeronáutico e de máquinas e equipamentos”, afirma Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, que reúne 3.500 empresas.

No total, as exportações brasileiras para os Estados Unidos no 1º semestre de 2023 foram de US17,2 bilhões, resultando em uma ligeira retração de 2,1% em relação ao ano anterior, muito influenciada pela queda das cotações internacionais de petróleo.

Houve crescimento em valor de bens como semiacabados de ferro e aço (14,2%), aeronaves e suas partes (6%), equipamentos de engenharia civil (37,4%), celulose (20%) e sucos de frutas e vegetais (69,3%). Por outro lado, houve queda nas vendas de petróleo bruto (-34%), café não torrado (-32,3%) e madeira parcialmente trabalhada (-36,3%).

Redução das compras de petróleo e derivados impactam as importações

As compras brasileiras oriundas dos Estados Unidos tiveram redução de 21,5% no 1º semestre de 2023, comparado ao mesmo período de 2022. Em valores totais, o resultado foi menor em US$ 5,3 bilhões, o que se explica preponderantemente pela redução nas compras de petróleo e derivados.

“A desaceleração das importações brasileiras vindas dos Estados Unidos esteve concentrada em três itens. Combustíveis, gás natural e petróleo bruto responderam pela diminuição em mais de US$6 bilhões de nossas compras.

Fatores como a superação da crise hídrica no Brasil, que reduziu drasticamente a demanda por gás natural usado nas termelétricas, bem como os preços mais baixos de petróleo e derivados, justificam esse desempenho”, comenta Abrão Neto. Importa ressaltar que as vendas norte-americanas desses produtos caíram não apenas para o Brasil, mas no geral (-9% entre janeiro e maio, com queda entre sete dos dez principais destinos de exportação).

Cinco entre os dez principais produtos importados pelo Brasil dos Estados Unidos tiveram alta no primeiro semestre, incluindo motores e máquinas não elétricos (20,8%), polímeros de etileno (23,5%), aeronaves (7,2%), instrumentos e aparelhos de medição (24,8%) e elementos químicos inorgânicos (4,5%). A alta nas importações desses bens demonstra a importância em fortalecer as cadeias de fornecimento bilateral.

Corrente de comércio é a 2ª. maior da série histórica

 A corrente de comércio de bens entre Brasil e Estados Unidos no primeiro semestre de 2023 atingiu a segunda maior marca da série histórica, no total de US 36,9 bilhõesatrás apenas do valor alcançado no mesmo intervalo do ano passado (US$42,6 bilhões).

Download gratuito da publicação

O Monitor de Comércio Brasil-EUA da Amcham Brasil está disponível de forma gratuita. Clique aqui para fazer o download.

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