Da Redação
Brasília – Em 2000, a cidade de Luziânia (Goiás) exportou mercadorias no total de US$ 1,3 milhão e importou produtos no montante de US$ 11,5 milhões. Em 2012, as exportações do município atingiram a cifra de US$ 554,6 milhões, enquanto as importações somaram US$ 5,1 milhões. Este ano, de janeiro a julho, as vendas externas chegaram a US$ 307 milhões, com uma queda de 9,65% em comparação com igual período de 2012, e as importações foram da ordem de US$ 6,2 milhões, superiores em 166,25% ao volume importado nos sete primeiros meses do ano passado. Os dados foram obtidos junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Esses números mostram um avanço impressionante e são resultado dos fortes investimentos realizados por empresários locais e de outros estados e principalmente por grandes grupos multinacionais que se fixaram no município e se dedicaram ao plantio extensivo de commodities, principalmente de soja e milho, além de investirem na produção de carnes e outros produtos primários.
A expectativa é de que nos cinco últimos meses do ano as exportações de Luziânia voltem a crescer e, dessa forma, o município possa fechar o ano com números pelo menos próximos dos US$ 554 milhões exportados em 2012, o melhor ano da história do comércio exterior da cidade. Ano passado, as exportações cresceram 17,28% em comparação com 2011, enquanto as importações registraram uma forte retração de 49,20% se comparadas com o ano anterior.
A exemplo do que vem acontecendo nos últimos anos, também em 2013 a China liderou folgadamente o ranking dos principais clientes de Luziânia no exterior. O país foi o destino de 81,16% de tudo o que foi exportado pelo município, gerando receita no total de US$ 307 milhões. Outros parceiros importantes foram o Vietnã (com importações no montante de US$ 18 milhões, correspondentes a 5,3% do total), Japão (US$ 11,8 milhões), Países Baixos (Holanda), US$ 5,7 milhões e Peru (importações de US$ 5 milhões).
Na outra ponta, os números são bem menos expressivos e a Itália foi o país que mais exportou para Luziânia, com vendas totalizando US$ 2,394 milhões, seguida pela China (US$ 1,459 milhão), Canadá (US$ 1,4 milhão), Argentina (US$ 556 mil) e França (US$ 368 mil).
Em termos de produto, o complexo soja foi responsável por quase 98% de todas as vendas externas do município. As exportações da soja em grãos totalizaram US$ 290 milhões no período janeiro/julho deste ano (94,47% de todo o volume exportado), seguidas por óleo de soja, de maior valor agregado (US$ 9,9 milhões e participação de 3,25% nas exportações), milho (US$ 5,7 milhões e 1,87% de particpação), algodão debulhado (US$ 1,1 milhão) e galos e galinhas (US$ 104 mil).
As importações do município foram lideradas pela máquinas e aparelhos para moldar borrracha/plásticos, no total de US$ 2,2 milhões (35,87% do volume importado), ervilhas (US$ 1,8 milhão e 29,97% das importações), tomates (US$ 1,1 milhão e 22,87% das compras externas do município) e ovos (US$ 368 mil, correspondentes a 5,89% das importações).
