Exportações de couros somaram US$ 160,51 milhões em março

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exportacao_de_courosBrasília – As exportações brasileiras de couros contabilizaram US$ 160,51 milhões em março deste ano, receita 23% superior a fevereiro, e salto de 101% em comparação ao mesmo mês de 2009, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Já no primeiro trimestre de 2010, a indústria curtidora apurou US$ 395,85 milhões, incremento de 74% ante ao mesmo período anterior, e 32% em volume.

“No acumulado dos três meses do ano, quando comparamos ao mesmo período de 2009, auge da crise econômica mundial, as exportações de couros aumentaram em volume e receita, sinalizando o início da retomada da competitividade do setor”, analisa o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

O executivo, que recentemente foi eleito à presidência do International Council of Tanners – ICT (sigla em inglês para Conselho Mundial da Indústria Curtidora, entidade internacional com representações em 25 nações), projeta para este ano vendas externas ao redor de US$ 1,8 bilhão, o que pode significar aumento da ordem de 60% em relação ao US$ 1,16 bilhão apurado ano passado, “mas ainda abaixo do patamar das nossas exportações de US$ 1,88 bilhão (2008) e US$ 2,2 bilhões em 2007”, salienta.

Entretanto, as exportações brasileiras de couros ainda sofrem os efeitos da lenta recuperação de importantes mercados de consumo, além da necessária capitalização das empresas, para que haja um crescimento sustentado. Outras medidas também podem estimular a reação que a indústria curtidora inicia em 2010, a exemplo da criação de linhas de crédito para suprir o capital de giro das empresas, setor em que o governo pode prestar contribuição determinante.

Na avaliação de Wolfgang Goerlich, peça fundamental neste processo de retomada seria a criação de linhas de créditos para capital de giro pelo Banco do Brasil e BNDES, a adequação de prazos e encargos de ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio), e a reedição do REVITALIZA, além de agilização nos ressarcimentos de créditos de exportação e autorização da compensação automática de créditos fiscais.

Neste cenário, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) também vem contribuindo a alavancagem da indústria curtidora, ao lançar, neste ano, uma campanha internacional para valorizar e promover o couro brasileiro nos principais países importadores, apoiada pela ApexBrasil.

Couros brasileiros conquistam novos mercados

No primeiro trimestre de 2010, os principais mercados do couro brasileiro foram a Itália, com US$ 96,57 milhões (24,4% de participação e aumento de 56% em relação ao período anterior), país que retomou a posição de primeiro lugar de destino do produto nacional; China, com US$ 92,36 milhões (23,33% de participação e elevação de 102%); e Estados Unidos, US$ 41,17 milhões (10,4% e salto de 153%), que ultrapassou Hong Kong (US$ 40 milhões, 10,12% de participação e crescimento de 32%), como terceiro maior comprador do produto nacional.

No acumulado do ano, Alemanha (US$ 12,9 milhões), México (US$ 12 milhões), Vietnã (US$ 8,64 milhões), Coréia do Sul (US$ 7,3 milhões) Holanda (US$ 7,27 milhões), Indonésia (US$ 7 milhões) e Tailândia (US$ 6,6 milhões) foram outros importantes destinos das exportações brasileiras.

Entre novos mercados que aumentaram as aquisições do couro nacional, no período entre janeiro e março, destacam-se: Cingapura (29,8 vezes) que adquiriu US$ 3,15 milhões, Polônia que aumentou 46%, importando US$ 3,12 milhões, Malásia (357%, US$ 2,94 milhões), Dinamarca (318%, US$ 2,82 milhões), Uruguai (13 vezes, US$ 1,64 milhão) e Eslováquia (64,22 vezes, US$ 154,26 mil).

Fonte: Assessoria de Imprensa do CICB

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