José Augusto de Castro, presidente da AEB / Divulgação

Exportações de carnes não devem ser prejudicadas por caso da “vaca louca” e serão retomadas em abril, projeta AEB

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Rio de Janeiro – A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) prevê que o caso confirmado de vaca louca que levou o governo federal a suspender as exportações de carne bovina para a China, não deverá provocar perdas aos exportadores brasileiros, somente um adiamento das vendas. Por se tratar de um caso isolado, a expectativa é que não haja contaminação do rebanho; e o fato do Brasil tornar público o problema e paralisar os embarques, também impacta positivamente na resolução e tende a acelerar a retomada das exportações, que giram em torno de US$ 500 milhões por mês.

“O impacto tende a ser bem menor do que em 2021, último registro de vaca louca no país. O protocolo foi cumprido, tudo está sendo feito com correção e transparência. Além disso, não há carne sobrando no mercado, nenhum país conseguirá suprir a demanda da China em nosso lugar. Por isso, acreditamos que em aproximadamente 30 dias a situação seja normalizada e em abril o comércio de carne bovina volte aos patamares habituais”, afirma José Augusto de Castro, presidente executivo da AEB.

O Brasil é o maior exportador de carne bovina, abastecendo 22% do mercado global. Segundo a AEB, os preços do produto estão em queda — em janeiro desse ano, a cotação era de US$ 4,8 mil por tonelada contra US$ 5,2 mil do mesmo mês do ano passado, uma redução de 7,5%.

“É interessante verificar que a quantidade embarcada da carne aumentou 10,8% em janeiro. As estatísticas mostram a cotação do produto em declínio, inclusive no mercado interno. Se parte do volume que iria para a China for desviado para atender o consumo interno, a queda por aqui pode se intensificar”, conclui Castro.

(*)  Com informações da AEB

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