Exportações de carne suína no primeiro semestre têm queda em volume (-10,52%) e receita (8,31%)

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São Paulo – As exportações brasileiras de carne suína registraram no mês de Junho queda em volume (7,49%), em receita (9,14%) e no preço médio (1,79%), comparativamente com o mesmo mês de 2012..O volume exportado totalizou 40.626 toneladas. A receita foi de US$ 98,49 milhões, retração de 9,14%. O preço médio também caiu 1,79% no período. No acumulado do ano, as vendas externas atingiram 240.515 toneladas, redução de 10,52% ante igual período de 2012. O Brasil faturou US$ 630,26 milhões de janeiro a junho, queda de 8,31% em relação ao mesmo período de 2012.

Apesar dos números negativos apurados de janeiro a junho, a expectativa é de aumento das exportações e também da receita, devido principalmente à retomada das exportações para a Ucrânia.

Nos seis primeiros meses do ano, a Rússia foi o principal destino da carne suína brasileira e respondeu por 28,71% das exportações, seguida por Hong Kong, com 25,30%, e Ucrânia, com 10,55%. Com relação ao faturamento, a sequência é a mesma: Rússia em primeiro lugar, com 31,93% da receita, Hong Kong com 23,73%, e Ucrânia com 11,62%.

No mês de junho, a Rússia liderou o ranking e respondeu por 31,40% das exportações. Hong Kong teve participação de 28,92%.

Perspectiva positiva para o 2º semestre

“Os números estão refletindo a suspensão temporária, a partir de 20 de março, pela Ucrânia. A retomada da exportação de carne suína para a Ucrânia, desde 19 de junho, deve aparecer em números a partir da segunda quinzena de julho deste ano, e se vislumbra uma perspectiva positiva de recuperação gradativa no decorrer do segundo semestre. A principal alavanca para a recuperação do desempenho das exportações poderá ser o mercado japonês, no qual depositamos boas expectativas a curto, médio e longo prazo”, afirma Rui Eduardo Saldanha Vargas, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

Missão veterinária da Rússia

Outro aspecto a ser ressaltado, segundo ele, “é um resultado positivo de desempenho do setor frente ao mercado russo, em razão da missão veterinária que estamos recebendo este mês”. A Rússia é um destino que responde bem nos momentos críticos. “A retomada gradativa das exportações nos permite estimar um cenário favorável para o segundo semestre. Esse quadro deve ajudar a melhorar os números defasados do mercado interno em termos de preços e volumes”, comenta Vargas.

Mercado Russo

Em junho, o Brasil vendeu 12.757 t de carne suína para o mercado russo, crescimento de 9,75% em volume, e 2,40% em valor (US$ 33,56 milhões). De janeiro a junho, o País exportou para a Rússia 69.055 toneladas (mais 23,91% em relação a igual período de 2012) e US$ 201,27 milhões (variação de 20,39%).

Vendas para a Ucrânia

No mês passado, foram exportadas 288 t (US$ 565 mil) para a Ucrânia, que recentemente reabriu seu mercado à carne suína brasileira. Houve uma queda de 97,59% no volume de vendas brasileiras à Ucrânia, em junho, ante o mesmo período de 2012. Nos seis primeiros meses do ano, foram realizados embarques de 25.385 t para a Ucrânia, retração de 60,82% na comparação com o primeiro semestre de 2012.

Aumento nos embarques para Hong Kong

Em junho, o Brasil exportou 11.747 t para Hong Kong, crescimento de 60,64% em relação a junho do ano passado. De janeiro a junho deste ano, no entanto, houve uma queda em volume de 3,84% nos embarques para Hong Kong e de 2,63% em valor.

Queda nas exportações para a Argentina

Houve uma retração de 7,05% nas vendas de carne suína para a Argentina, em junho: 662 t, em relação a 713 t em junho do ano passado. No acumulado do ano, houve um crescimento de 21,16% em volume (7.994 t) e 27,42% em valor (US$ 25,96 milhões).

Principais destinos em junho:

1º Rússia - 12.757 toneladas – 31,40%

2º Hong Kong – 11.747 toneladas – 28,92%

3º Angola – 4.408 t – 10,85%

4º Cingapura – 2.012 t – 4,95%

5º Uruguai – 1.989 t – 4,90%

Principais destinos em 2013:

1º Rússia - 69.055 toneladas – 28,71%

2º Hong Kong – 60.847 toneladas – 25,30%

3º Ucrânia – 25.385 t – 10,55%

4º Angola – 18.781 t – 7,81%

5º Cingapura – 13.377 t – 5,56%

Fonte: Assessoria de Imprensa da Abipecs

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