Exportações de carne de frango registram alta em volume (+1,45)  e queda de receita (-10,3%)

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São Paulo Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que o volume das exportações brasileiras de carne de frango (considerando produtos inteiros, cortes, salgados e processados) manteve o ritmo positivo no ano. Ao todo, foram 1,606 milhão de toneladas embarcadas entre janeiro e maio de 2014, resultado 1,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Já em receita, houve queda de 10,3% segundo o mesmo período comparativo, totalizando US$ 3,1 bilhões.

Verificando-se o desempenho em maio, houve aumento de 1,2% nos volumes das exportações, com 347,4 mil toneladas no mês. Em receita, foi registrada queda de 7,7%, com US$ 705,3 milhões.

“Apesar de comparativamente menor em relação ao quinto mês de 2013, em maio deste ano retomamos os resultados de exportação em patamares superiores a US$ 700 milhões, o que confirma a tendência indicada já em abril, de recuperação de receita cambial do setor”, destaca Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

Com o final do primeiro semestre se aproximando, de acordo com o vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin, há expectativa do setor com relação ao aumento dos níveis dos embarques a partir de julho.

“Os primeiros cinco meses do ano confirmaram a tendência de crescimento sustentável nas exportações, com os principais mercados mantendo seus volumes. Nossa expectativa, agora, é que o segundo semestre mantenha o comportamento comum ao período, de aumento nos níveis de embarques, indicando um fechamento para 2014 positivo em volumes e em recuperação de receita”, aponta Santin.

Já as exportações brasileiras de carne suína in natura registraram queda de 4% nos volumes embarcados entre janeiro e maio deste ano, atingindo 161,8 mil toneladas no período. Em receita, entretanto, houve crescimento de 0,5%, atingindo US$ 478,8 milhões.

Considerando apenas o mês de maio, os embarques de carne suína in natura decresceram 12,7% em volumes, com 32,5 mil toneladas. Seguindo a tendência do ano, a receita do mês apresentou elevação de 7%, com US$ 109,9 milhões.

De acordo com o presidente-executivo da ABPA, a queda em volume em relação a maio de 2013, se deve ao bom momento do mercado interno, situação que torna mais atraente para as indústrias colocarem seus produtos no Brasil em vez de exportá-los.

“As vendas internas continuam aquecidas, ao contrário do que se poderia esperar, pois o período de vendas fortes, internamente, é o segundo semestre, com destaque para o final do ano. Concorre também, para o aquecimento das vendas domésticas, o preço da carne suína, mais competitivo do que o da carne bovina”, destaca Francisco Turra.

Sobre a elevação da receita, o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas, explica que é resultado da tendência de aumento do preço médio da carne suína no mercado internacional, em função da menor oferta do produto relacionada com problemas sanitários em alguns mercados produtores e de menores investimentos no setor.

“Há uma falta geral de carne suína no mundo que vem desde 2013. Em decorrência de preços relativamente baixos anos atrás, países produtores deixaram de investir, entre eles o Brasil. Além disso, houve problemas sanitários, como a peste suína africana na Europa e a Diarreia Suína Epidêmica (PEDv) no México, Canadá e nos Estados Unidos. ”, diz.

ASCOM ABPA

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