Exportações da BRF para o Oriente Médio caem 7,3% mas expectativa é de alta até o fim do ano

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São Paulo – As exportações da Brasil Foods (BRF) para o Oriente Médio e a África caíram no terceiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2012. De acordo com balanço do período divulgado nesta segunda-feira (28) pela companhia, os embarques ao Oriente Médio recuaram 7,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Os volumes enviados para a África tiveram queda de 4,1%, mas o valor exportado para o continente cresceu.

A BRF afirmou no comunicado que o terceiro trimestre do ano oferecia boas condições às exportações aos países do Oriente Médio, devido ao período do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, que ocorreu em julho e, em seguida, ao Hajj, a peregrinação a Meca. São épocas em que os clientes aumentam seus estoques. No entanto, afirmou a empresa, as vendas foram menores. “Apesar deste cenário, as expectativas das exportações brasileiras ao Oriente Médio sinalizam gradual recuperação até o final de 2013”, afirma o comunicado.

Os embarques para a África também foram menores entre julho e setembro deste ano do que nos mesmos meses de 2012. O volume exportado caiu 4,1%, mas a receita obtida com as vendas cresceu 4,5% devido ao aumento de 8,9% no preço médio praticado com os países do continente.

No geral, as exportações da BRF caíram em volume no terceiro trimestre, mas cresceram em receita. Segundo a empresa, os embarques somaram 608,7 mil toneladas, ou 3,1% menos do que no terceiro trimestre do ano passado. Já o faturamento com as vendas externas, que somou R$ 3,2 bilhões, cresceu 6,3%.

A BRF afirmou que a retomada das exportações para a Ucrânia e a desvalorização do real em relação ao dólar contribuíram para a melhora nos preços dos produtos, mas os volumes de embarques foram prejudicados por chuvas que fecharam o porto de Itajaí, em Santa Catarina, por “diversos dias”.

As vendas ao Oriente Médio corresponderam a 31,9% da receita obtida com as exportações. As vendas para o Extremo Oriente representaram 19,8% e foram seguidas pela América (18%), Europa (15,8%), Eurásia (7,5%) e África (7%). No terceiro trimestre de 2012, a receita obtida com o Oriente Médio representava 35,9% do total e a obtida com as vendas para a África, a 7,1%. A empresa tem uma subsidiária nos Emirados Árabes.

No terceiro trimestre do ano, a receita da empresa somou R$ 7,578 bilhões, ou 5% a mais do que no mesmo período do ano passado. O lucro líquido aumentou 216% e somou R$ 287 milhões. No acumulado do ano até setembro, o faturamento soma R$ 22,3 bilhões, 10% maior do que no acumulado de 2012, e o lucro líquido chega a R$ 854 milhões, ou 241% superior ao de 2012, até setembro.

Fonte: ANBA

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