Da Redação
Brasília – Os números da balança comercial brasileira nos quatro primeiros meses do ano divulgados na segunda-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram uma queda acentuada tanto no que diz respeito aos principais destinos das exportações quanto em relação aos produtos que lideram a pauta exportadora brasileira. Com relação aos países, destaque para uma retração de 31,6% nas exportações para a China, o principal parceiro comercial do Brasil. No tocante aos produtos, retração de 23,6% nas vendas de produtos básicos, exatamente os produtos que lideram as vendas externas brasileiras.
Os números divulgados pelo MDIC para o período janeiro-abril revelam uma queda de 16,4% nas exportações e de 15,9% nas importações. Em abril, a balança comercial registrou um superávit de US$ 491 milhões, ligeiramente superior ao superávit alcançado no mês de março, da ordem de US$ 458 milhões. Apesar desses dois números positivos, no quadrimestre a balança comercial acumula um déficit de US$ 5,07 bilhões.
Outro destaque negativo da balança comercial está no fato de que as exportações brasileiras para os principais parceiros comerciais foram marcadas por quedas expressivas. No caso da China, o principal país de destino das exportações brasil eiras, a retração atingiu o percentual de -31,6%. Em relação aos Estados Unidos, a queda foi bem menos acentuada: -5,7%. Reduções expressivas foram registradas nas vendas para a Argentina (-15,6%), União Europeia (-14,2%), África (-21,0%) e Europa Oriental (-34,0%).
Essas quedas significativas são o resultado de reduções igualmente expressivas nas exportações dos principais produtos que integram a pauta exportadora brasileira. De acordo com o MDIC, as quedas ocorreram em todos os níveis de agregação: -23,6% nos produtos básicos, 11,3% nos manufaturados e 2,5% nos semimanufaturados.
Outro fator decisivo para o desempenho da balança comercial nos quatro primeiros meses do ano foi o fato de que vários dos principais produtos exportados pelo País apresentaram redução de receita, devido principalmente à queda dos preços praticados no mercado internacional. Foi o caso do minério de ferro (-45,1%), soja em grão (-410%), carne bovina (-24,2%), açúcar em bruto (-13,8%), couros e peles (-12,2%) e petróleo (-4,0%).
