Exportações aos árabes crescem em valor e volume e geram US$ 1,036 bilhão em receita

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São Paulo – O valor das exportações brasileiras aos países árabes cresceu pela primeira vez no ano em março. De acordo com os dados do período divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o Brasil exportou US$ 1,036 bilhão aos países do Oriente Médio e do Norte da África em março, valor 1,03% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O volume total exportado em março atingiu 3,8 milhões de toneladas, com expansão de 27,7% sobre igual mês de 2014.

O açúcar foi o principal produto exportado aos países do Oriente Médio e do Norte da África. As vendas do produto somaram US$ 259,1 milhões, com expansão de 10,7% em valor. Em volume, foram embarcadas 758,9 mil toneladas, com alta de 20% sobre março de 2014. Carne de frango foi o segundo principal produto exportado, com vendas que somaram US$ 214,3 milhões, uma queda de 6,2%. Em volume, foram embarcadas 135,4 mil toneladas, 2,7% a mais do que em março do ano passado. Minério de ferro foi o terceiro produto mais exportado: as remessas somaram US$ 133,9 milhões em março, com queda de 37,9% em comparação com igual período do ano passado. Em volume, os embarques somaram 2,47 milhões de toneladas, ou 29,7% a mais.

Para o diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, o desempenho das exportações no mês passado foi influenciado pelos preços e os compradores árabes aproveitaram a ocasião. “Eles formaram estoques e como os preços estão baixos, a tendência é que mantenham a compra de quantidades grandes nos próximos meses”, afirmou. Ainda segundo Alaby, os países árabes já começam a se preparar para o Ramadã, mês sagrado dos muçulmanos, que neste ano é celebrado em junho.

Ouro

Cresceram em março principalmente as exportações de ouro bruto para os Emirados Árabes Unidos. No mês passado, o Brasil embarcou US$ 63,1 milhões em ouro para o país, um aumento de 12.700% sobre março de 2014. Houve crescimento, também, sobre fevereiro deste ano. Os Emirados foram o maior comprador de produtos brasileiros no mês passado. As importações somaram US$ 245,1 milhões, com aumento de 80,3% sobre março de 2014.

A Arábia Saudita foi o segundo maior comprador, com importações que somaram US$ 215 milhões, com aumento de 26,5% sobre março de 2014. Foi seguida pelo Egito, que importou 22,8% menos do que em março do ano passado, com compras de US$ 133,3 milhões. A Argélia, que foi o quarto principal cliente brasileiro, importou 5,2% menos, em um total de US$ 97,6 milhões.

Omã, Bahrein e Emirados importaram volumes maiores de minério de ferro, porém esse crescimento não se refletiu nos valores porque o produto, que é commodity, está barato no mercado internacional. A Arábia Saudita ampliou suas importações de açúcares tanto em volumes como em valores. Em março do ano passado, o país havia importado 58,4 mil toneladas do produto, volume que subiu para 182,8 mil toneladas no mês passado. Os gastos cresceram de US$ 21,05 milhões para US$ 58,3 milhões.

Embora tenham crescido em março, as vendas no acumulado do ano estão menores do que no mesmo período do ano passado. Entre janeiro e março de 2015, o Brasil exportou US$ 2,79 bilhões, com queda de 8,1% em comparação com os US$ 3,03 bilhões enviados para a região nos três primeiros meses do ano passado.

Importações

As importações brasileiras de países árabes somaram US$ 401,7 milhões em março e foram 31,5% menores do que em igual mês do ano passado. As aquisições de combustíveis minerais somaram US$ 280,4 milhões e foram 29,7% menores. As compras de adubos e fertilizantes caíram 52,6% e somaram US$ 58,5 milhões em março. Os principais exportadores para o Brasil foram Argélia, Iraque, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar e Marrocos.

No acumulado do ano, as importações registram queda de 33,19% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Até março, o Brasil comprou US$ 1,52 bilhão dos países do Oriente Médio e do Norte da África.

Fonte: ANBA

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