Exportações ao mundo árabe ficam praticamente estáveis e no ano somam US$ 5,5 bilhões

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São Paulo – As vendas de produtos brasileiros ao mercado árabe avançaram 0,96% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano sobre o mesmo período do ano passado. O aumento foi pequeno em função do desempenho de maio, quando as exportações do País para a região caíram 17,57%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

“Houve queda de preços de muitos produtos, principalmente alimentícios, o que se refletiu no resultado geral do maio”, afirma o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby. Em volume, foi registrado aumento de 7,43% nas vendas para o mundo árabe de janeiro a maio e queda de 12,7% no último mês. De janeiro a maio, as exportações brasileiras para os árabes tiveram receita de US$ 5,58 bilhões. Em maio elas ficaram em US$ 1,04 bilhão.

Registraram recuo nos preços, em maio, produtos como açúcar e animais vivos. Outros itens, como minérios, carnes, produtos químicos inorgânicos, cereais, sementes e frutos oleaginosos também tiveram redução de volumes enviados. Todos, exceto carnes, tiveram queda nas vendas em receita. A exportação de carne cresceu 11,67% em faturamento.

No acumulado do ano, o produto que trouxe mais divisas para o País nas vendas para os árabes foi a carne, seguida de açúcar, minérios e cereais. Em maio, individualmente, o ranking foi liderado também por carnes, seguido de açúcar, minérios e máquinas.

O país árabe que mais comprou mercadorias do Brasil, nos cinco primeiros meses do ano foi Arábia Saudita, com US$ 1,2 bilhão, depois Emirados Árabes Unidos, com US$ 978 milhões, e então o Egito, com US$ 808,9 milhões. Em maio, os sauditas também ficaram em primeiro lugar na lista, com US$ 288,5 milhões, os egípcios na segunda posição, com US$ 213,7 milhões, e os Emirados em terceiro, com US$ 166 milhões.

O diretor-geral da Câmara Árabe afirma que é cedo para saber como ficará o desempenho das exportações do Brasil aos árabes no ano em decorrência das mudanças econômicas em curso no País e no mercado internacional. O dólar mais valorizado traz mais competitividade para o Brasil exportar, lembra ele, mas ao mesmo tempo há tendência de recuo no preço das commodities, o que pode anular o efeito da alta da moeda norte-americana. Há ainda a inflação que vem crescendo no País e, se os preços internos forem mais atrativos do que os externos, Alaby acredita que as empresas vão preferir vender no mercado doméstico.

Importações

As importações brasileiras de produtos árabes, no entanto, vêm crescendo em ritmo maior. No acumulado deste ano até maio elas avançaram 8,95% sobre o mesmo período de 2012 e ficaram em US$ 4,9 bilhões. Combustíveis lideram o ranking, com US$ 3,9 bilhões, e fertilizantes estão em segundo lugar, com US$ 270 milhões. Em maio, individualmente, as importações vindas de países árabes cresceram ainda mais, 37,17%, e foram a US$ 1,5 bilhão. Os produtos no topo da pauta são os mesmos.

Fonte: Agência Brasil

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