Rio de Janeiro – A entrada de novos países nos Brics vai ajudar o Brasil a concretizar projetos de infraestrutura de portos e ferroviais, aumentando o seu poder como exportador, é o que acredita Michel Alaby, diretor executivo regional em São Paulo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil (Cisbra). “A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, têm fundos públicos de mais de US$2 trilhões para investir nesses programas. É importante expandir o comércio entre países”, complementa Alaby.
Para o executivo, a entrada das duas nações – juntamente com Argentina, Egito, Irã e Etiópia – ainda coloca o Brasil como um importante ativo na segurança e sanidade alimentar mundial, já que há uma lacuna deixada por Rússia e Ucrânia em razão da guerra entre os países. “Se considerarmos a grande produção de petróleo de alguns desses países, estaremos falando do aumento da importação de fertilizantes, substâncias fundamentais para a produção agrícola aqui no Brasil”, concluiu o gestor.
A expansão do bloco faz parte da estratégia chinesa a longo prazo de posicionar o renminbi – moeda oficial do país – como uma moeda forte nas exportações ao lado do dólar. A presença da Argentina passa pela insistência brasileira em ajudar o país vizinho a superar as graves crises econômicas e políticas, oferecendo, através do Novo Banco de Desenvolvimento (NBV), presidido por Dilma Rousseff, financiamentos com garantias.
(*) Com informações da Cisbra