Rio de Janeiro – Os municípios do estado do Rio apresentaram queda de 29% em sua corrente de comércio no ano passado, em comparação a 2018. É o que aponta o Boletim Rio Exporta – Edição Firjan Regionais 2019. A capital não está incluída. A redução é consequência da queda das importações em 35% (fechando o ano em US$ 12 bilhões) e das exportações em 25% (US$ 20 bilhões).
O Sul Fluminense foi a região que obteve a maior queda do estado, com corrente de comércio de US$ 3,3 bilhões – diminuição de 68% frente a 2018. Houve decréscimo nas importações e nas exportações de, respectivamente, 44% e 82%, como consequência da redução das vendas externas de automóveis de passageiros e das importações de hulhas.
Já a Região Serrana, que no Rio Exporta de 2019 abrangeu somente o município de Petrópolis, recuou 33% em sua corrente de comércio, registrando US$ 2,2 bilhões. A redução foi reflexo da queda de 35% nas exportações e de 7% nas importações.
Regiões com crescimento
No entanto, algumas cidades registraram crescimento. Caxias e Região se destacou com um aumento da corrente de comércio de 75% (US$ 14 bilhões), exportando e importando, principalmente, óleos brutos de petróleo. Foi a maior região exportadora do estado, com um aumento de 105% (US$ 10,5 bilhões). Seu desempenho em 2019 superou o de 2018, com uma balança comercial positiva (US$ 7,2 bilhões).
Também registraram aumento da corrente de comércio Nova Iguaçu e Região, com 33% (US$ 2,2 bilhões); Centro-Sul Fluminense, com 32% (US$ 160 milhões); e Noroeste Fluminense, com 287% (US$ 3 milhões). Esta última se destacou com a inclusão de produtos na pauta exportadora e importadora que não foram vendidos e comprados no ano de 2018, como máquinas e aparelhos e artigos de esportes ou de embalagem.
Já o Norte Fluminense foi a maior região importadora, com US$ 5,5 bilhões, embora em valores tenha apresentado decréscimo de 29%. Essa queda se deve à diminuição na nacionalização de barcos-faróis, barcos-bombas, dragas, guindastes flutuantes e outras embarcações. Ao mesmo tempo, outros itens principais da pauta da região tiveram aumentos acima de 100%, como tubos flexíveis de metais e torneiras, válvulas e tubos de plástico.
Os principais parceiros comerciais das regiões, em sua maioria, seguem sendo China e Estados Unidos. Diante do avanço da pandemia do novo coronavírus pelo mundo, Flávia Alves, especialista em Comércio Exterior da Firjan Internacional, alerta para os potenciais efeitos negativos no país e, em especial, no Rio.
“Queda no valor exportado de petróleo, redução da demanda de parceiros comerciais importantes, como China, Estados Unidos e Argentina, e diminuição na importação de insumos e bens industriais podem ser alguns dos efeitos causados por esta crise”, sublinhou.
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(*) Com informações da Firjan