Empresas de todo o País estarão presentes na maior feira de alimentos do mundo

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Brasília – Dezenas de empresas brasileiras do setor de alimentos e bebidas, das cinco regiões do país, estarão representadas por comerciais exportadoras no espaço Brasil Trade Lounge da Anuga 2023. Considerada a maior feira daquele segmento na Europa e no mundo, o evento vai ocorrer em Colônia, na Alemanha, entre os dias 7 e 11 de outubro.

A organização do espaço é liderada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) junto do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), parceiro da ApexBrasil na execução do projeto setorial Brazilian Suppliers.

Brasil Trade Lounge Anuga 2023 é uma modalidade inovadora no Pavilhão do Brasil na feira, trazendo uma novidade em relação à participação nas edições anteriores. O objetivo é criar oportunidades de exportação e conquista de novos mercados para empresas. A maioria delas é ou já foi capacitada pelo Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) da ApexBrasil.

Além de um espaço inédito para a geração de negócios, o Brasil Trade Lounge será uma vitrine de produtos com apelo à brasilidade, à sustentabilidade e à saudabilidade. Em destaque, estarão café, castanhas, orgânicos, sucos e polpas, cacau, mel, balas e confeitos, cachaça e healthy foods.

O espaço Brazil Trade Lounge estará alocado no Pavilhão Nacional. Outros pavilhões do Brasil na Anuga serão dedicados a empresas de bebidas, tradings de carnes e tradings de frango, também organizados pela ApexBrasil a partir de um processo seletivo anterior.

Apoio às exportações

A organização do Brazil Trade Lounge acontece em dois estágios. Na etapa nacional, em julho, serão realizadas rodadas de negócios entre as produtoras inscritas e as comerciais exportadoras (ECE’s) do CECIEx, cujo conhecimento e rede de relações facilitam o acesso a mercados.

“Somos especializados na comercialização internacional e trabalhamos em cooperação com indústrias, produtores e cooperativas especializadas na produção. Unimos nossas habilidades para produzir com excelência e comercializar com eficácia”, destaca o CEO do CECIEx, Maurício Manfre.

Durante os encontros, em formato online, as empresas produtoras e as comerciais exportadoras poderão se conhecer melhor, unindo a capacidade produtiva à habilidade comercial. A combinação entre esses perfis ficou a cargo da Brogghini, uma empresa de matchmaking especializada em negócios.

Na etapa internacional, entre 7 e 11 de outubro, as empresas que fecharem negócio na etapa nacional serão representadas no Brasil Trade Lounge por meio das ECEs. A missão contará com até 10 comerciais exportadoras, que deverão representar entre três e cinco produtoras durante a Anuga.

Todas as produtoras que participarem das rodadas de negócio online receberão um feedback sobre o processo, independentemente de terem ou não fechado negócio para serem representadas na Anuga. As devolutivas contribuem para que essas empresas se tornem mais competitivas e são parte do apoio dado pelo PEIEX à sua jornada exportadora.

Sustentabilidade

Em linha com as novas diretrizes de gestão da ApexBrasil, a seleção das empresas produtoras ofereceu pontuação adicional a partir dos seguintes critérios: liderança feminina à frente dos negócios; sede nas regiões Norte e/ou Nordeste do Brasil; ao menos uma certificação de sustentabilidade; e participação no Programa de Qualificação de Exportação (PEIEX) da Agência. Outros critérios foram produtos alinhados aos setores prioritários do evento e algum material de comunicação em língua estrangeira.

“Nossos produtos amazônicos são veganos, saudáveis, naturais, e têm, ainda, o propósito de desenvolver cadeias produtivas e manter a floresta em pé. Acreditamos que a participação na Anuga será um grande passo em nosso caminho rumo à internacionalização”, celebra Pricila Almeida, CEO da Amazônia Smart Food, sediada em Manaus. A empresa comercializa itens como hamburgueres de tucumã e almôndegas de açaí.

Maria Edivângela da Silva, fundadora e CEO da Carne de Jaca, em Palmas (TO), comenta que sua empresa está focada na internacionalização e na construção da identidade do produto, que tem muito a oferecer para quem escolhe se alimentar com ele. “A carne de jaca traz uma perspectiva de alimentação sustentável e faz girar a roda da prosperidade para a Amazônia Legal”, acrescenta a empresária.

Mercado europeu

Um estudo da área de Inteligência de Mercado da ApexBrasil mostra que há mais de 90 oportunidades de exportação para a Alemanha no segmento de alimentos e bebidas. Os destaques são frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas; café não torrado; e farelos de soja e rações. Além disso, segundo a Fitch Soluções, o mercado alemão para aquele setor tem crescido nos últimos cinco anos, sendo que, especificamente para alimentos, a previsão de crescimento é de 5,7% até 2026.

O mercado europeu, no geral, também está aquecido: em 2021, o Brasil exportou US$ 10,1 bilhões em alimentos e bebidas para a União Europeia, sendo US$ 1,9 bilhão apenas para a Alemanha, cujo mercado consumidor tem apresentado preferência por alimentos orgânicos e produtos de alta qualidade. No total, o setor de alimentos e bebidas representou 29,1% do valor exportado para os 27 países do bloco (US$ 36,5 bilhões), e suas vendas apresentaram crescimento médio de 6,4% ao ano desde 2017.

Produtos orgânicos e artesanais têm sido cada vez mais populares no mercado europeu. Uma dessas tendências é o aumento de lojas premium, com foco em food services e produtos orgânicos. Esses varejos crescem à medida que a alimentação saudável e a conveniência ganham força entre as prioridades de consumo. Outra tendência é a busca do consumidor por informação, associadas especialmente à sustentabilidade.

(*)  Com informações da ApexBrasil

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