Empresas brasileiras de têxteis e maquinários faturam US$ 107 milhões na Colombiatex

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Delegação recorde reuniu 42 empresas e foi liderada por ApexBrasil, Abit e Abimaq, por meio dos projetos TexBrasil e Brazil Machinery Solutions. Expositoras apresentaram soluções sustentáveis e inovadoras na cadeia têxtil

Da Redação*

Brasília – Entre os dias 23 e 25 de janeiro, em Medellín, na Colômbia, 42 empresas do setor de têxteis e maquinários fecharam mais de US$ 107 milhões em negócios, entre vendas realizadas durante o evento e para os 12 meses seguintes. Essa foi a delegação mais numerosa desde o início da participação brasileira na feira.

A presença da delegação brasileira na 36ª edição da Colombiatex foi fruto de dois projetos de internacionalização liderados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e entidades parceiras. Um deles é o TexBrasil, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). A participação das 35 empresas apoiadas pelo projeto gerou, ao todo, mais de US$ 105 milhões em negócios, além de 5.135 contatos com visitantes e compradores em potencial.

As outras sete participantes da delegação do Brasil são apoiadas pelo Brazil Machinery Solutions (BMS), uma parceria entre a ApexBrasil e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ao longo dos três dias de evento, as expositoras receberam 425 compradores em seus estandes e movimentaram mais de US$ 1,6 milhão em negócios.

Soluções inovadoras

Presente na Colombiatex, a diretora de negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, destacou a criatividade das soluções brasileiras apresentadas na feira. “Nossas fabricantes de tecidos, máquinas e equipamentos trouxeram soluções super inovadoras em termos de inteligência artificial, de estamparia digital e de sustentabilidade, inclusive no que diz respeito à economia de água e de energia ao longo da cadeia produtiva. Os resultados de negócios são impressionantes e mostram como nossas empresas foram bem recebidas pelos compradores colombianos e de outros países da região, como Peru e Equador”, diz Repezza.

Apoiada pela Abit e pelo TexBrasil, a Brand Têxtil estava entre as participantes da delegação brasileira. Expondo na Colombiatex pela terceira vez, a empresa é especializada em estamparia digital, prezando também pela sustentabilidade na produção. “Cerca de 90% dos nossos desenhos são feitos à mão em máquinas digitais e sempre com base [fibra] certificada, como bases de cânhamo e de banana. Com a ajuda da ApexBrasil e da Abit, a gente está entrando em vários mercados”, destacou o CEO da empresa, Marcelo Costa. A Brand vende para países na Europa e tem acessado o mercado latino-americano por meio de feiras como a Colombiatex.

O mercado colombiano

O Brasil é hoje o terceiro principal parceiro comercial da Colômbia, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, exportando ao país produtos agropecuários (20%) e, especialmente, da indústria de transformação (80%). O comércio bilateral é facilitado pelo Acordo de Complementação Econômica nº 72, de 2017, que estabelece uma área de livre comércio com tarifa zero entre a Colômbia e os países do Mercosul. Estudos da ApexBrasil apontam, ainda, que a Colômbia é o terceiro país sul-americano com mais oportunidades de consolidação para o Brasil.
No setor têxtil, a Colômbia é um parceiro ainda mais estratégico: o Brasil é o quarto maior fornecedor de produtos têxteis para o mercado colombiano, junto de China, Índia e EUA. Na pauta exportadora, estão insumos como fibras, fios, filamentos, tecidos e linhas de costura. A Colômbia é também o quinto maior mercado importador de máquinas e equipamentos têxteis brasileiros. As exportações brasileiras do segmento para o país chegaram a US$ 48 milhões em 2023 – 50% a mais do que foi exportado em 2017, antes da entrada em vigor do Acordo de Complementação Econômica nº 72.

(*) Com informações da ApexBrasil

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