Da Redação
Brasília – O Brasil já acumula, nos quarto primeiros meses do ano, um deficit de US$ 4,839 bilhões no comércio com os Estados Unidos, resultado de importações no montante de US$ 11,912 bilhões e exportações no total de US$ 7,073 bilhões. O intercâmbio brasileiro-americano nestes quatro meses vem sendo marcado por um forte queda de 21,58% no volume exportado pelo Brasil e, em contrapartida, por um aumento de 12,94% nas vendas americanas ao País.
No período janeiro-abril de 2012, o Brasil teve um saldo negativo de US$ 1,528 bilhão no comércio bilateral com os Estados Unidos. Este ano, em igual período, o deficit registrou um aumento de 216,69%, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A persistir essa tendência, o Brasil poderá fechar o ano de 2013 amargando um deficit histórico jamais registrado na história do comércio bilateral com os Estados Unidos. Nos dois primeiros meses do ano o saldo ficou negativo em US$ 2,35 bilhões. Para se ter uma ideia da dimensão desse número, basta lembrar que no período janeiro-fevereiro do ano passado o deficit brasileiro somou apenas US$ 257 milhões.
Até o mês passado, a expectativa no MDIC era de que a partir de maio começasse a se registrar uma melhoria nas estatística de comércio com os Estados Unidos. E como este mês o governo ainda está registrando na balança comercial importações de petróleo realizadas no ano passado e que vêm impactando fortemente os números do comércio exterior brasileiro, esse panorama dificilmente virá a ser modificado. Até mesmo pelo simples fato de que faltam apenas dez dias para encerrar-se o mês.
Com as exportações brasileiras em queda –e queda principalmente nas vendas de produtos industrializados, de maior valor agregado- e forte expansão das vendas americanas no mercado brasileiro, dificilmente o Brasil conseguirá reverter a tendência atual de recrudescimento do saldo negativo no comércio com os americanos.