Em 40 anos, exportações da China cresceram 1.574%; aumento do Brasil foi de apenas 20%

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Da Redação

Brasília – Em 1980, o Brasil tinha uma participação de 0,99% nas exportações mundiais contra apenas 0,88% da China. Quarenta anos depois, em 2020, essas posições se inverteram diametralmente: a fatia da participação brasileira no comércio internacional de bens teve uma ligeira alta par 1,19%. Enquanto isso, a China deu um salto gigantesco e em 2020 foi responsável por 14,73% de todo o volume exportado no planeta, ou 1.137% superior à participação brasileira.

Naquele ano, o Brasil exportava mais não só em relação à China, mas também comparativamente com a Coreia do Sul e México (ambos com 0,88% de participação), e bem mais distante da Índia (0,65%).
Avaliando-se sob outro prisma, tomando-se como parâmetro a participação do Brasil e da China entre os anos de 2000 e 2020, o crescimento do Brasil foi da ordem de apenas 20%, enquanto a China atingiu 1.574%. A Coreia do Sul aumentou 230%, o México cresceu 170% e a Índia viu sua fatia no comércio internacional crescer 257%, bem acima da alta registrada pelo Brasil.

De acordo com um documento elaborado pela Associação de Comercio Exterior do Brasil (AEB), a melhor posição alcançada pelo Brasil no Ranking Mundial de Exportação foi a 22ª. classificação registrada nos anos de 2008, 2010, 2011, 2012 e 2013. A partir dali o país oscilou entre a 25ª. posição (2014) e a 27ª. posição (2019), tendo atingido a 26ª. posição em 2020.

Com o boom das commodities havia a expectativa de que o Brasil assumisse posições mais relevantes no Ranking, o que não aconteceu, porque à medida em que as exportações de commodities cresciam, diminuía a participação das exportações de manufaturados, impactadas pelo elevado Custo Brasil, que retira competitividade dos produtos brasileiros, situação que tem se agravado e persiste até os dias de hoje.

Por outro lado, até o ano de 2014 o Brasil era a sétima economia do mundo, mas ocupava apenas a 25ª. posição no Ranking Mundial de Exportação, posição não condizente com a força econômica de um país detentor do sétimo PIB do planeta. Nos últimos anos o Brasil foi, gradualmente, perdendo força econômica e recuou em 2020 para a posição de 12ª. economia mundial.

Em 2020, as exportações da China somaram US$ 2,591 trilhões, correspondentes a 14,73% de todas as exportações mundiais, à frente dos Estados Unidos, com vendas externas no total de US$ 1,431 bilhão (8,14%). Com exportações de US$ 210 bilhões, o Brasil ocupou a 26ª. posição, atrás de países como Hong Kong, Singapura, Taiwan, Rússia, Suíça, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Vietnã, Índia, Polônia, Austrália, Malásia e Tailândia e à frente da Republica Tcheca, Irlanda, Arábia Saudita e Turquia, entre outros.

Créditos pela imagem Freepik

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